Crítica: Indiana Jones acena à nostalgia com essência aventureira em novo filme

Em "Indiana Jones e a Relíquia do Destino", Harrison Ford se despede de seu personagem com acenos à nostalgia e mantendo o espírito aventureiro que o consagrou

Os últimos passos, pulos e descobertas de Harrison Ford como Indiana Jones não poderiam ser feitos sem acenos às origens de um personagem tão icônico como o arqueólogo. Quinze anos depois de “O Reino da Caveira de Cristal”, o novo longa da saga, “A Relíquia do Destino”, recorre à nostalgia - mas também com atualizações - para se despedir definitivamente de seu maior aventureiro.

O quinto filme da franquia do maior arqueólogo dos cinemas estreou na última quinta-feira, 29, dirigido por James Mangold (“Logan”). Com novos e antigos personagens adicionados ao enredo (vale citar a presença de Antonio Banderas), a trama é ambientada principalmente em 1969, durante o cenário da Corrida Espacial entre Estados Unidos e União Soviética.

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Prestes a se aposentar do seu cargo de professor, ele se vê diante da necessidade de recuperar um poderoso artefato que, se tomado por mãos erradas, poderá mudar o curso da humanidade. Nessa jornada, ele será acompanhado por sua afilhada, Helena Shaw (Phoebe Waller-Bridge), contra o plano de Jürgen Voller (Mads Mikkelsen). 

Entretanto, logo no início há uma volta de mais de duas décadas, quando Indy Jones é apresentado rejuvenescido digitalmente e em cenas de ação contra soldados nazistas a bordo de um trem. A sequência de ações é um dos destaques do filme, servindo como ponto de embarque para o passado glorioso do personagem.

Harrison Ford, é bom lembrar, fará 81 anos no próximo dia 13, e o recurso utilizado ajuda o espectador a sentir a nostalgia da adrenalina dos primeiros filmes. Entretanto, isso não significa que o ator não contracenou “à moda antiga” ao longo da obra. Os fãs são presenteados com momentos de pura emoção - afinal, não são poucas as ocasiões em que Indy precisa correr do perigo e, claro, enfrentá-lo.

São observadas as consequências dos anos de combates quando surgem as feições de desgaste e cansaço no personagem, mas sem deixar de lado o espírito aventureiro em busca de um artefato que pode mudar o mundo. Elementos gráficos como os mapas que mostram as viagens dos protagonistas também são revisitados, culminando na atmosfera de retorno às origens.

Um dos aspectos mais marcantes do personagem continua em tela: sua vulnerabilidade. “Forjado” como grande aventureiro e disponível para a ação, ele também demonstra falhar, além de ser visto em reflexões sobre seu passado, presente e futuro.

Apesar de demasiado longo, o último filme de Indiana Jones cumpre bem o papel de abraçar a fórmula que o consagrou e de se despedir do ator que o tornou inesquecível.

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