Arquitetos cearenses são finalistas de prêmio do Instituto Tomie Ohtake

Condomínio com casas e edifício de uso misto, criado pelo escritório cearense Rede Arquitetos, é indicado à premiação nacional promovida pelo Instituto Tomie Ohtake e pela AkzoNobel

Projeto desenvolvido pelo escritório cearense Rede Arquitetos está entre os selecionados como finalistas ao prêmio nacional de arquitetura do Instituto Tomie Ohtake Akzonobel. Localizada na cidade de Sobral, na região Norte do Ceará, a obra escolhida se chama "MBV2" e atende aos critérios de inventividade e sustentabilidade definidos pela premiação. O resultado será divulgado em fevereiro de 2022.

Composto por Bruno Braga, Bruno Perdigão, Igor Ribeiro e Luiz Cattony, o escritório Rede Arquitetos, único cearense na oitava edição do prêmio, apresenta como projeto um condomínio com casas e um edifício misto.

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Inicialmente, o projeto consistia na construção de um conjunto de casas unifamiliares geminadas em loteamento na área de expansão da cidade de Sobral. Contudo, a partir da análise dos 25 lotes destinados para conceber a obra, percebeu-se que sua diversidade de amplitudes possibilitava variação das soluções. Dessa forma, o resultado se deu com o desenrolar de uma nova proposta, dividindo o projeto em dois: o conjunto de residências Casas MBV2 e o Edifício Misto MBV2.

O destaque visual da construção está nas linhas retas e nos espelhamentos externos, que valorizam suas dimensões. Ressalta-se também a atenção ao caráter urbano e sustentável, pensados de acordo com as especificidades do terreno, que podem ser observados na permeabilidade das frentes das casas e, também, no compartilhamento dos pátios e das caixas d’água presentes no condomínio.

Quanto à premiação, o Instituto Tomie Ohtake e a AkzoNobel visam mapear a produção arquitetônica contemporânea, destacando projetos significativos construídos no panorama atual brasileiro. Os critérios fundamentais de seleção que norteiam a oitava edição consecutiva do evento são a relação urbana e o comprometimento com o sítio de implantação e a sustentabilidade, bem como a inventividade projetual e construtiva das obras.

Em 2021, foram inscritos 178 projetos oriundos de 18 estados brasileiros, do Distrito Federal e cinco deles realizados no exterior (Argentina, França, Itália, Madagascar e Moçambique). Entre os selecionados, há obras localizadas no Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e em Ambovombe, Madagascar.

A seleção dos projetos foi feita por um júri formado pelas arquitetas Ariadne Moraes, Cintia Lins e Tainá de Paula, e pelos arquitetos Carlos Alberto Maciel e Diego Mauro. Os 13 projetos selecionados participam da exposição na sede do Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, prevista para acontecer nos dias 10 de fevereiro de 2022 a 27 de março de 2022. Durante a inauguração, serão anunciados os três projetos premiados que receberão uma viagem internacional destinada a um membro da equipe de arquitetos e arquitetas.

Em entrevista ao jornal O POVO, Bruno Braga, sócio integrante da Rede Arquitetos e mestre em Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo pela Universidade Federal do Ceará, conta sobre a importância da representatividade de projetos arquitetônicos da região Nordeste do Brasil em premiações nacionais. “É importante para dar mais visibilidade à arquitetura feita aqui. Muitas vezes, temos mais acesso à arquitetura produzida na região Sudeste, que geralmente é a que mais aparece em publicações. Acho que está acontecendo o movimento de outros escritórios estarem surgindo e alcançando seu reconhecimento”, afirma.

A atual edição do prêmio é a segunda com participação cearense. Em 2020, a Academia-Escola Unileão, dos Lins Arquitetos Associados, também foi selecionada, tendo sido, inclusive, uma das três obras premiadas.

O escritório Rede Arquitetos completa 10 anos de trajetória somando indicações a prêmios de arquitetura e urbanismo, além da participação na Bienal Internacional de Arquitetura de Buenos Aires, em 2019, e da seleção para a exposição “Arquiteturas em Português: Diálogos Emergentes”, promovida pelo Conselho Internacional dos Arquitectos de Língua Portuguesa (Cialp) também com o projeto Casas MBV2, este ano.

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