Mpox: 1º caso de nova cepa no Brasil é confirmado em paciente de SP

Mpox: 1º caso de nova cepa no Brasil é confirmado em paciente de SP

A mulher, de 29 anos, não esteve em áreas com surto de infecção da doença, mas teria tido contato recente com pessoas vindas do Congo, seu país de origem

O primeiro caso da nova cepa da mpox, chamada clado 1b, foi registrado no Brasil, em uma paciente na região metropolitana de São Paulo. Segundo O Globo, a mulher tem 29 anos, passa bem e deve ter alta na próxima semana.

Ela não esteve em áreas com surto da infecção, mas teria tido contato recente com pessoas vindas do Congo, seu país de origem. No entanto, o percurso exato da transmissão até o País ainda não foi determinado e segue sob investigação pelas autoridades de vigilância sanitária.

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Em nota, o Ministério da Saúde informou que o caso no Brasil foi confirmado laboratorialmente, por meio da realização de sequenciamento para caracterizar o agente infeccioso.

O exame permitiu a obtenção do genoma completo que, segundo a pasta, é muito próximo aos de casos detectados em outros países.

Segundo o ministério, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já foi informada sobre o caso e a pasta, junto às secretarias estadual e municipal de Saúde, solicitou o reforço da rede de vigilância epidemiológica e o acompanhamento da busca ativa de pessoas que tiveram contato com a paciente.

No último dia 27 de fevereiro, a OMS manteve seu nível de alerta máximo para a epidemia de mpox, já que o número de casos e de países afetados aumenta.

Baixa letalidade

Diretor do Instituto de Infectologia Emilio Ribas, Luiz Carlos Pereira Júnior sinalizou não haver indicativo para pânico, pois a doença apresenta baixa letalidade e nenhum indicativo de alta transmissão no País.

“Podemos passar o recado de que esse não é um momento de preocupação. Em diversos países houve a vigilância de contactantes (dos primeiros casos) e o bloqueio da doença. Por isso que fora do Congo, onde sua prevalência é maior, o clado 1b não se estabeleceu. Nossa vigilância é muito experiente”, disse.

O gestor acrescentou que a paciente infectada procurou outro serviço de saúde do estado de São Paulo. Ela recebeu alta e foi orientada a se isolar por três semanas, tempo indicado para a infecção com a doença.

Sem preocupação

As lesões no corpo da mulher causavam desconforto, por isso ela foi enviada ao Instituto Emílio Ribas, conforme O Globo.

O cotidiano da paciente fora dos serviços de saúde não causa preocupação, pois é necessário contato íntimo com a pessoa infectada, explicou Luiz Carlos.

Até o início de fevereiro último, 115 casos de cepas da doença haviam sido notificados no Brasil, mas nenhum deles, até então, era da cepa 1b.

Nenhum óbito por mpox foi identificado no Brasil ao longo dos últimos dois anos e a maioria dos pacientes, segundo o ministério, apresenta sintomas leves ou moderados. Veja mais abaixo quais são os sintomas da doença.

Brasil tem casos de mpox desde 2022

A mpox é considerada doença endêmica na África Central e na África Ocidental desde a década de 1970.

Em dezembro de 2022, a República Democrática do Congo declarou surto nacional de mpox, em razão da circulação da cepa 1 do vírus.

Os primeiros casos de mpox no Brasil foram registrados também em 2022. Circula no País a cepa clado 2.

Desde julho de 2024, casos da cepa 1b vêm sendo registrados em países como:

  • África do Sul
  • Alemanha
  • Angola
  • Bélgica
  • Canadá
  • Catar
  • China
  • Emirados Árabes Unidos
  • Estados Unidos
  • França
  • Índia
  • Omã
  • Paquistão
  • Quênia
  • Reino Unido
  • Ruanda
  • Suécia
  • Tailândia
  • Uganda
  • Zâmbia
  • Zimbábue

Mpox: quais os sintomas?

Os sintomas iniciais mais comuns da mpox incluem:

  • febre;
  • dores musculares;
  • cansaço;
  • linfonodos inchados; e
  • erupções na pele, como bolhas.

Os sintomas surgem entre seis e 13 dias após a contaminação. Porém, podem precisar de até três semanas para aparecerem. Em quadros leves, desaparecem do corpo sozinhos entre duas a três semanas.

Mpox: como ocorre a transmissão?

A OMS indicou que a mpox pode ser transmitida por meio do contato físico com pessoas, animais ou materiais que estejam contaminados com o vírus.

De 2022 para cá, a disseminação através de relações sexuais fez com o que a doença se espalhasse globalmente, de forma inédita. A cepa clado 1 também pode ser propagada pelo sexo.

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