Mulher paralisada após AVC volta a 'falar' por IA; entenda

Uma mulher com paralisia voltou a se comunicar por meio de um implante, que captou os sinais cerebrais da paciente e traduziu em falas; entenda o caso

Após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) há 18 anos, uma mulher com paralisia conseguiu se comunicar por meio de um implante que traduz os sinais cerebrais em palavras e expressões faciais, mostrando-os em um computador.

Ann Johnson, de 47 anos de idade, é canadense e ensinava matemática quando sofreu um AVC no ano de 2005. Até hoje, as causas do derrame são desconhecidas.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

Johnson ficou gravemente paralisada e foram necessários anos de terapia para que a docente conseguisse retomar suas expressões faciais ou para realizar atos simples, como sorrir e chorar.

CLIQUE AQUI para seguir o novo canal do O POVO no WhatsApp 

Porém, a sua fala não retornou, e a sua comunicação passou a ser por meio de um aparelho que Ann digitava lentamente palavras por meio de movimentos da cabeça.

Primeiro contato da mulher com o avatar

Há cerca de dois anos, Johnson leu uma notícia de um paciente, também com paralisia, que foi ajudado por um grupo de cientistas e de médicos na Universidade da Califórnia a traduzir seus sinais cerebrais para texto.

A máquina também é o primeiro produto a reconhecer sinais cerebrais e ter capacidade de traduzi-los em expressões e falas.

WhatsApp lança canais no Brasil; saiba tudo sobre a novidade; CONFIRA 

A mulher entrou em contato com equipe médica e científica, buscando uma forma de conseguir se comunicar e de mudar sua jornada.

Como funciona a Inteligência Artificial?

Primeiramente, o grupo implantou uma placa fina, que contém 253 eletrodos, na superfície do cérebro de Johnson, pois eles são capazes de captar os sinais cerebrais do paciente e enviar para os músculos dos lábios, língua, mandíbula e laringe, quando a paciente tenta dizer alguma palavra ou frase.

O sistema precisou de 18 horas "reconhecendo" Johnson, com ela tentando falar nove mil frases.

O dispositivo pode decodificar até 80 palavras em um minuto, diferentemente da outra máquina que Ann usava, que eram só 14 por minuto. 

ChatGPT no WhatsApp converte áudio em texto e cria fotos; ENTENDA

Avatar com a mesma voz de Ann Johnson

Para vocalizar a fala, um avatar é o responsável por dizer as frases que a paciente quer no computador, e até fazer expressões faciais, conectadas com o que a pessoa quer simular.

Com isso, a equipe utilizou um vídeo antigo de Ann discursando em seu casamento para que a avatar tivesse a mesma voz de Johnson antes do acidente.

“É como ouvir um velho amigo”, revelou a paciente, depois de passar 18 anos sem escutar a própria voz.

Ela também disse que está animada para que sua filha conheça sua real voz, já que a menina só tinha 1 ano de idade quando Ann ficou paralisada, e ela só conheceu a voz impessoal e com sotaque britânico do dispositivo que a paciente usava para se comunicar.

Os grupos de cientistas e médicos acreditam que com o desenvolvimento deste produto usada em Ann, em cerca de dois a quatro anos, eles consigam desenvolver um sistema sem cabos ligados no corpo do paciente.

BeFake é um "BeReal ao contrário" que usa inteligência artificial; VEJA 

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

inteligencia artificial tecnologia mulher paralisada comunicação ia comunicação

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar