Despacho de Moraes determinou prisão de Bolsonaro sem algemas e com "todo respeito"
O despacho do ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinando a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro estabeleceu recomendações à Polícia Federal
Conforme o despacho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a prisão preventiva do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), detido neste sábado, 22, deveria ser feita sem algemas, sem exposição pública e "com todo o respeito" necessário.
As recomendações foram feitas à Polícia Federal (PF), que cumpriu a ordem assinada pelo ministro do STF, detendo o ex-presidente em sua residência, onde ele cumpria prisão domiciliar, pouco depois das 6 horas da manhã deste sábado. Bolsonaro foi encaminhado à Superintendência da PF em Brasília.
O despacho da prisão preventiva foi feito após a convocação por Flávio Bolsonaro (PL), filho de Jair, para uma vigília na porta do condomínio onde mora o ex-presidente.
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Moraes também relatou uma tentativa de rompimento da tornozeleira eletrônica de Jair Bolsonaro. Para o ministro, as movimentações deram indicativo de que havia o objetivo de fuga do ex-chefe do Executivo. Agora, Bolsonaro deve passar audiência de custódia ainda neste sábado, 22, em Brasília. Na segunda-feira, 24, a Primeira Turma do STF analisará a prisão preventiva, em sessão virtual.
Remédios de Bolsonaro foram levados à prisão
Os remédios do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram levados para a Superintendência Regional da Polícia Federal, em Brasília, onde ele está preso preventivamente. Equipe médica esteve no local, mas saiu sem dar declarações.
Segundo os advogados, Bolsonaro apresenta "saúde debilitada" e "quadro diário de soluço gastroesofágico e falta de ar", fazendo uso de medicações com ação no sistema nervoso central.
A prisão de Jair Bolsonaro
Bolsonaro estava cumprindo prisão domiciliar há mais de cem dias, após a Justiça entender que ele tentou atrapalhar o processo de investigação sobre a trama golpista e os ataques de 8 de janeiro.
Nessa semana, a defesa apresentou pedido para que ele permanecesse cumprindo pena em casa, alegando problemas de ordem médica e risco à vida em caso de transferência ao sistema prisional.
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O ex-presidente foi condenado pelo STF a 27 anos de três meses de prisão por acusação de tentativa de golpe de estado. O processo está em fase final de análise de recursos.
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