Celso Sabino confirma saída do Ministério do Turismo após determinação do União Brasil
Sabino cumpre determinação do União Brasil para que filiados deixem os cargos que ocupam no governo federal
14:16 | Set. 26, 2025
O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), comunicou a saída da pasta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele anunciou que entregou nesta sexta-feira, 26, sua carta de demissão.
Lula só deve confirmar a saída de Sabino na próxima semana. O ministro deixou claro que não pretendia deixar o cargo, mas cumpre exigência do partido, que determinou que filiados deixem o governo Lula.
Ainda ministro, Sabino afirmou em coletiva na manhã desta sexta-feira, 26, que permanecerá na gestão federal até o dia 2 de outubro, de acordo com ele o próprio presidente Lula pediu para que ele o acompanhasse na entrega de obras concluídas para a COP 30, em Belém (PA), que irá sediar a conferência climática.
“O presidente pediu que eu o acompanhasse nessa missão na cidade de Belém na próxima quinta-feira”, disse Sabino durante a coletiva. O chefe da pasta do turismo disse que se reuniu com o presidente Lula para confirmar seu desligamento, que segundo ele foi tomado em virtude da determinação do União Brasil.
"Tive uma conversa hoje com o presidente da República, em virtude da decisão do partido ao qual eu sou filiado tomou, de deixar o governo, e vim hoje aqui cumprir o meu papel, entreguei ao presidente a minha carta e o meu pedido de saída do Ministério do Turismo, cumprindo a decisão do meu partido", afirmou.
Ele completou dizendo que Lula manifestou a vontade de ampliar as conversas com seu partido. “Hoje o presidente acenou com essa possibilidade de ampliar esse diálogo junto com o partido União Brasil para a gente ver quais serão as cenas dos próximos capítulos".
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Atritos entre o governo e o União Brasil
A saída de Sabino ocorre em meio à intensificação dos atritos entre a direção do União Brasil e o governo Lula. Há duas semanas, o presidente nacional do partido, Antônio Rueda, foi alvo de denúncias de possível ligação com o crime organizado.
Em entrevista aos portais ICL Notícias e UOL, o piloto Mauro Caputti Mattosinho afirmou que Rueda estaria entre os proprietários ocultos de quatro jatos executivos operados por uma empresa citada em apurações sobre lavagem de dinheiro ligada à facção criminosa PCC.
O episódio representa mais um capítulo no conflito. No fim de agosto, o União Brasil oficializou a federação partidária com o Progressistas. Desde então, Rueda e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidentes das duas legendas, vêm pressionando pela saída dos filiados que ainda ocupam cargos no governo federal.