Alcides Fernandes desaconselha orações pela morte de Lula: "Já orei muito, não dá certo"
Deputado é aposta de Bolsonaro e Ciro Gomes para disputar o Senado no Ceará em 2026, e deu as declarações em conversa com a imprensa ao citar diálogo com apoiadores na Igreja. Ele é pai do deputado federal André Fernandes
O deputado estadual Alcides Fernandes (PL), pré-candidato da oposição no Ceará ao Senado em 2026 e pai do deputado federal André Fernandes (PL), afirmou a apoiadores que não adiantaria orar pela morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Já orei foi muito, não dá certo", disse ele.
A declaração foi dada durante conversa com a imprensa, em meio ao encontro da oposição ao governo Elmano (PT), realizada desta vez em uma tapiocaria na Barra do Ceará, na manhã desta segunda-feira, 8.
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"Cheguei uma vez na igreja, aí os irmãos chegaram para mim e falaram: 'Pastor Alcides, nós estamos aqui em uma campanha de oração para Deus matar o Lula'. Eu disse: 'Não funciona, já orei foi muito. Não dá certo'", afirmou, arrancando risadas dos presentes.
Além de Alcides, a edição do café da oposição contou com a presença Roberto Cláudio (sem partido), Capitão Wagner (União Brasil), o vereador de Fortaleza Soldado Noélio (União Brasil) e os deputados estaduais Antônio Henrique (PDT), Lucinildo Frota (PDT), Cláudio Pinho (PDT), Queiroz Filho (PDT) e Sargento Reginauro (União Brasil).
Indicação de Bolsonaro
Alcides tornou-se pré-candidato ao Senado após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ter afirmado que, no Ceará, seu candidato seria o pai do deputado federal André Fernandes (PL).
Dias depois, em encontro com membros da oposição, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou a Alcides que pretendia votar nele em 2026.
Julgamento de Bolsonaro e anistia
Durante manifestação de 7 de setembro a favor do ex-presidente Bolsonaro, em Fortaleza, Alcides chamou o ato por anistia de expressão da democracia. "Desde criança a gente aprendeu que democracia é a vontade do povo. O povo vai às ruas para dizer 'anistia já!'. Ninguém concorda com a prisão arbitrária do nosso (ex-)presidente. Eleições sem Bolsonaro é golpe", argumentou.
Sobre o julgamento de Bolsonaro e outros sete réus no Supremo Tribunal Federal (STF), que terá sequência a partir da próxima terça-feira, 9, com desfecho até a sexta-feira, 12, o deputado cearense falou que é um jogo de "cartas marcadas" e que aliados do ex-presidente vão aguardar o desfecho.
Sobre o projeto de anistia que tramita no Congresso, Alcides projetou que será encaminhado a partir da adesão de outros partidos. "Agora não tem mais jeito, vai todo mundo para cima: União Brasil, PP, PL. Agora vai ter anistia. Tenho certeza de que vai passar", projetou.
Com informações do repórter Guilherme Gonsalves