Gleisi e Zambelli trocam ofensas após pedido de impeachment de Lula: "Pistoleira" e "amante"

O bate-boca nas redes sociais tem como pano de fundo as críticas do presidente Lula a Israel, que comparou os ataques à Faixa de Gaza ao Holocausto

O pedido de abertura de um pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desencadeou uma troca de ofensas entre a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Nas redes sociais, elas se chamaram, respectivamente, de “pistoleira”, “amante na lista da Odebrecht”, dentre outras denominações.

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A intriga foi instigada quando Gleisi se pronunciou sobre pedido de processo de impeachment contra o presidente. A ação ocorreu após Lula ter comparado as ações do estado de Israel com o holocausto e ter sido considerado “persona non grata” pelo governo israelense.

Apoiado por Zambelli, o pedido contou com a adesão de mais de 100 parlamentares da Câmara Federal, incluindo três cearenses. Por meio de seu perfil nas redes sociais, a presidente do PT chamou a ação de “piada”, criticando diretamente a deputada bolsonarista, que acusou de “golpista” e “propagadora de fake news”.

“Golpistas querendo impeachment de Lula só pode ser piada. É só ver quem tá liderando a turma, a pistoleira Carla Zambelli, propagadora de fake news, ré no STF e investigada por ataques ao Judiciário, que virou pessoa tóxica até entre os bolsonaristas. Melhor se cuidarem porque aqui golpistas não se criam mais, temos leis e instituições atentas”, escreveu Hoffmann.

— Gleisi Hoffmann (@gleisi) February 19, 2024

Por "pistoleira", ela se refere ao episódio nas vésperas do segundo turno, em 2022, em que Zambelli perseguiu um homem negro com uma arma de fogo, em São Paulo.

A deputada rebateu as falas na própria publicação. Segundo ela, “antes pistoleira de fato do que amante (de fato?) na lista da Odebrecht”, citando uma denúncia de corrupção passiva e lavagem de dinheiro envolvendo Hoffmann, rejeitada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“Mas fico feliz que o pedido esteja te incomodando, foi assim que começou o impeachment da Dilma que eu também ajudei a encabeçar e assinei, em 2015. A tóxica aqui já conta o apoio de 89 bolsonaristas Kkkk”, completou Zambelli.

A réplica ganhou apoio de outros políticos da oposição, como o deputado federal Messias Donato (Republicanos-ES). “Minha colega Carla, problema seria se vc estivesse sendo elogiada pela presidente do partido que destruiu o Brasil. Como veio o ataque, sabemos que estamos do lado certo e que sentiram muito nossa atuação ao pedir impeachment”, escreveu ele.

Pedido de impeachment contra o presidente Lula

O pedido de impeachment contra Lula foi apoiado inicilamente por 20 deputados federais. Os parlamentares consideraram a comparação das ações de Israel com o Holocausto um "ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade".

Além de Zambelli, a lista conta com a assinatura da deputada federal cearense Dayany Bittencourt (União Brasil). Proposta também contou com apoiadores da base governista: sendo dois do PSD, três do Republicanos, cinco do PP e 10 do União Brasil.

Após a abertura, o pedido contou com a adesão de, até às 22h desta segunda-feira, 19, 103 parlamentares da Casa.

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