Bispo e padres da Diocese de Crateús são ameaçados de morte e não realizam missas em Tauá

Prefeita de Tauá emitiu nota de repúdio com ameaças. Secretaria da Segurança diz apurar o caso

Quatro padres da Diocese de Cratéus e o bispo Dom Ailton Menegussi estão sendo ameaçados de morte e impossibilitados de realizarem missas no município de Tauá. A denúncia foi feita pelo titular da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, padre Géu. De acordo com o sacerdote, os celebrantes não frequentaram a cidade durante um ano devido às ameaças.

Durante a missa no último fim de semana, o pároco explicou o motivo da ausência do grupo de religiosos na comunidade. "Todos vocês já perceberam que esse ano Dom Ailton não veio a Tauá em nenhuma ocasião e queria também estar conosco nessa hora da festa. Não é novidade para a cidade, porque esta conversa é encontrada em toda esquina. Dom Ailton não vem a Tauá este ano, porque está ameaçado de morte aqui".

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Ele alega que por segurança a orientação é de que nem o bispo e nem os padres estejam presentes nas missas. "Nós passamos o ano inteiro sem dar uma só palavra acerca dessa situação, mas chegou a hora de assumirmos publicamente", completa.

Prefeita de Tauá, Patrícia Aguiar (PSD) emitiu nas redes sociais nota de repúdio à situação nesta segunda-feira, 16. 

"Como prefeita de Tauá e cristã da Igreja Católica registro a minha indignação pelas injustas ameaças feitas contra a vida do Bispo D. Ailton, da Diocese Crateús, e aos Padres Talles, Elton, Neto e Damásio, e, ao mesmo tempo, presto a mais absoluta solidariedade aos mesmos. O Bispo D. Ailton representa o papa Francisco na nossa Diocese e realiza um grandioso trabalho na sua missão de santificar, ensinar, evangelizar e governar a nossa Igreja. Esperamos que a Justiça seja feita para que seja combatido esses atos de extrema insensatez".

Procurado, o secretário da paróquia, George Alves, disse que a instituição não dará informações no momento, mas que já buscou as autoridades para averiguarem o caso.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que ainda não há registro de boletim de ocorrência, mas "apura supostas ameaças contra líderes religiosos que teriam acontecido no município de Tauá”. 

As denúncias podem ser feitas presencialmente na Delegacia Regional ou por meio do telefone (88) 3437.1888. Além disso, a população pode recorrer à central de atendimento de número 181 e pelo WhatsApp (85) 3101-0181. 

 

 

 

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