Dino demite policiais rodoviários envolvidos em morte de Genivaldo com "câmara de gás"

Ministro da Justiça também determinou a revisão da doutrina e dos manuais de procedimentos da Polícia Rodoviária Federal (PRF)

O ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, anunciou nesta segunda-feira, 14, a demissão dos policiais rodoviários, Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia, envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos com câmara de gás em 2022, na cidade de Umbaúba, no interior de Sergipe.

“Estou assinando a demissão de 3 policiais rodoviários federais que, em 2022, causaram ilegalmente a morte do Sr. Genivaldo, em Sergipe, quando da execução de fiscalização de trânsito. Não queremos que policiais morram em confrontos ou ilegalmente matem pessoas. Estamos trabalhando com Estados, a sociedade civil e as corporações para apoiar os bons procedimentos e afastar aqueles que não cumprem a Lei, melhorando a Segurança de todos”, escreveu nas redes sociais.

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Dino ainda afirmou que determinou a revisão da doutrina e dos manuais de procedimentos da Polícia Rodoviária Federal (PRF), para melhoria dos instrumentos e que possa eliminar eventuais falhas e lacunas.

Genivaldo foi morto após passar 11 minutos e 27 segundos trancado no porta-malas de uma viatura da PRF com gás lacrimogêneo e gases tóxicos. Ele foi abordado por estar pilotando uma moto sem capacete. Em janeiro, Flávio Dino determinou o pagamento de indenização à família por danos morais coletivos no valor de R$ 128 milhões e afirmou que é uma “clara responsabilidade civil, à luz da Constituição”.

Os três policiais rodoviários estão presos desde o dia 14 de outubro de 2022 por ordem da Justiça Federal de Sergipe, quando se apresentaram à Polícia Federal (PF). Eles  serão julgados pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado.

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