George Santos, deputado brasileiro nos Estados Unidos, é preso

Deputado conservador é acusado por fraude, lavagem de dinheiro e roubo de fundos públicos

Foi preso nesta quarta-feira o deputado George Santos, membro da Câmara de Representantes dos Estados Unidos. Ele é brasileiro e admitiu mentiras sobre o currículo.

George Santos, 34 anos, é acusado por fraude, lavagem de dinheiro e roubo de fundos públicos. Ele é membro do Partido Republicano. Ele foi preso antes de uma audiência no tribunal de Nova York.

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Após ele ser eleito no ano passado, a imprensa descobriu que ele inventou quase todas as informações sobre a própria trajetória, inclusive diplomas e experiências profissionais. Inventou também que seria judeu, que os avós figuram do nazismo. Ele foi tido como primeiro parlamentar assumidamente gay eleito pelo partido, mas omitiu que foi casado com uma mulher por vários anos, até 2019. Ele admitiu que inventou várias das informações.

Santos terá de responder a sete acusações relacionadas à fraude eletrônica, três de lavagem de dinheiro, uma de roubo de fundos públicos e duas por fazer declarações falsas à Câmara dos Deputados, segundo o jornal New York Times.

A acusação diz que Santos induziu apoiadores a doar para uma empresa sob o falso pretexto de que o dinheiro seria usado para apoiar sua campanha. Em vez disso, diz, ele o usou para despesas pessoais, incluindo roupas de grife de luxo e para pagar seus cartões de crédito.

Santos também tem problemas com a Justiça brasileira, inclusive inquéritos por estelionato tramitando na Justiça do Rio de Janeiro.

Na terça-feira, 9, Santos disse à Associated Press que as acusações eram desconhecidas por ele. "Isso é novidade para mim", afirmou.

O deputado admitiu ter mentido sobre ter ascendência judaica, formação em Wall Street, diploma universitário e um histórico como estrela do vôlei.

O procurador federal Breon Peace disse que as acusações "buscam responsabilizar Santos por vários esquemas fraudulentos e deturpações descaradas".

"Em conjunto, as alegações acusam Santos de agir em repetidas desonestidades e enganos para chegar aos salões do Congresso e enriquecer", disse Peace.

O republicano enfrenta pressão de seus correligionários e eleitores, que já pediram sua renúncia. Em março, o Comitê de Ética da Câmara abriu uma investigação contra o congressista. A comissão vai investigar eventuais atividades ilegais em sua campanha, possíveis violações de leis federais na atuação dele em uma empresa e a denúncia de assédio feita por um assessor que trabalhou em seu gabinete.

Rede de mentiras

Entre outras alegações, Santos disse ter diplomas da Universidade de Nova York e do Baruch College, apesar de nenhuma das instituições ter registro de sua frequência. Ele alegou ter trabalhado no Goldman Sachs e no Citigroup, o que também não era verdade.

Santos disse falsamente que era judeu e que seus avós escaparam dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. O deputado, que se identifica como gay, também não revelou que foi casado com uma mulher por vários anos, terminando a relação em 2019. (Com agências internacionais)

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