Evandro diz se sentir 'preterido' no PDT e cobra posição sobre Elmano

Ele cobra a direção partidária do PDT pelo "silêncio" com relação à postura em relação ao Governo do Estado

O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Evandro Leitão, disse se sentir "preterido" dentro do PDT no diálogo interno sobre uma possível retomada da aliança com o PT. O deputado reiterou que há sentimento de insatisfação dentro da legenda e cobrou o partido por uma decisão sobre integrar ou não a base do governador Elmano de Freitas (PT). Na visão dele, é preciso que os filiados "lavem a roupa suja" para seguir em frente. Evandro disse estar "à disposição" para ser candidato a prefeito em 2024. Ele tem recebido acenos do PT para filiação e se articula com outras legendas. No PDT, o atual prefeito José Sarto quer a reeleição.

Dos 13 deputados do PDT, 10, incluindo Evandro, defendem que o PDT retome a aliança com o PT, rompida nas eleições de 2022. Os outros três parlamentares e os integrantes do diretório municipal, liderados pelo ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, defendem a tese de interdependência ou até oposição. 

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Perguntado sobre uma possível ida para o PT, com fundo de uma possível disputa pela prefeitura de Fortaleza, Evandro ressaltou que a discussão será "mais para frente" e disse priorizar o diálogo para que o PDT encontre um posicionamento quanto a Elmano. "Estou tentando, de alguma forma, fazer com que nosso partido tenha um posicionamento, seja ele qual for, nós não podemos ficar em cima do muro, não podemos não ter um posicionamento e deixar a bancada com cada um tomando suas decisões, eu não acho que esse é o melhor caminho".

Ele cobra a direção partidária do PDT pelo "silêncio" da legenda e critica pelo tempo desde o resultado das eleições e início do ano legislativo. As lideranças hoje são exercida pelo deputado federal André Figueiredo, na estadual e nacional, e Roberto Cláudio, no municipal. Evandro diz que era preciso "no mínimo" ter um posicionamento e defende "lavar a roupa suja para seguir em frente".

"Independente se for para ficar na base ou não do governador Elmano, eu acredito que o partido precisa ter um posicionamento, é isso que eu tenho pedido e tenho tentado de alguma forma sensibilizar os quadros, a direção partidária, para que a gente possa, passada a eleição, já estamos entrando no quinto mês do ano de 2023, temos mais de seis meses que as eleições findaram, e até o momento temos um silêncio, a resposta que nós tivemos foi o silêncio", ressaltou.

O deputado reforçou que a demora na decisão e a indecisão gerada por isso causa incomodo a ele e outros parlamentares. "Sinceramente, como isso me incomoda, a situação que o partido se encontra, me incomoda, não só a mim, mas a outros, depois de tudo que ocorreu. O mínimo que poderia se ter é um direcionamento, lavar a roupa suja e esquecer o que houve para trás e seguir em frente", disse ainda.

Segundo ele, o partido tem mantido diálogos sobre o tema, mas sem um consenso e a "lavagem de roupa suja", o sentimento de insatisfação deve continuar internamente. Evandro disse se sentir "preterido com toda essa situação".

"Tenho a convicção que esse não é o melhor caminho (o silêncio), assim como eu tenho outros colegas que não estão satisfeitos, e nosso partido precisa lavar a roupa suja e isso não acontecendo efetivamente, infelizmente, esses sentimentos vão permanecer e eu particularmente, todos vocês sabem e não vou ficar repetindo, mas hoje me sinto de alguma forma preterido com toda essa situação", concluiu. 

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