Palácio do Planalto e Congresso reforçam segurança um dia antes de Bolsonaro retornar ao Brasil

PF sugeriu que Bolsonaro desembarcasse por uma rota alternativa do aeroporto; ex-presidente afirma que não seguirá orientação

A chegada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Brasil, prevista para esta quinta-feira, 30, demandou que a segurança do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional fosse reforçada, tendo em vista que Brasília foi alvo de ataques golpistas no dia 8 de janeiro. Nesta quarta-feira, 29, os prédios amanheceram com grades e reforço policial. O estacionamento público do Palácio do Planalto foi fechado com grades e o acesso de funcionários e visitantes está sendo fiscalizado. Veículos da Polícia Militar do DF estão parados no local, bem como militares do Exército equipados com escudos. O Congresso Nacional também recebeu equipes da PM e conta com policiais legislativos e uma barreira de grades.

De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a Polícia Federal articula um esquema de segurança no Aeroporto de Brasília, onde Bolsonaro deve desembarcar na manhã desta quinta-feira,30. Também é previsto que o ex-presidente seja recepcionado por apoiadores. O ministro comentou sobre os planos em audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, nesta terça, 28.

Durante a ocasião, Dino foi questionado pelo deputado Carlos Jordy (PL-RJ) sobre eventuais atos de vandalismo na chegada de Bolsonaro e quais alternativas seriam tomadas para prevenir problemas. Em resposta, o parlamentar sugeriu que a PF ficasse responsável pelo aeroporto e pelas imediações.

“A Polícia Federal não pode fazer a segurança externa do aeroporto, mas se o senhor ler a Constituição verá que a PF faz a segurança aeroportuária”, pontuou Dino. O objetivo é evitar falhas como as que viabilizaram a invasão de golpistas às sedes dos Três Poderes, em janeiro. “A Polícia Federal vai cumprir a Constituição e a lei. Quem faz policiamento fora do aeroporto é a PM do DF, está na Constituição”, afirmou Dino. “No aeroporto, sim, nós faremos [a segurança]”, afirmou o ministro.

A Secretaria de Segurança do Distrito Federal (SSP), a Polícia Federal (PF), a Inframérica - administradora do aeroporto de Brasília - e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República pressupõem que a presença de muitos apoiadores do ex-presidente atrapalhem o curso dos pousos e decolagens no aeroporto. A preocupação gira em torno da probabilidade da ação se transformar em efeito cascata e se refletir nos terminais de todo o território nacional.

O retorno de Bolsonaro ao Brasil preocupa também os seus aliados que preveem um conflito entre ele e membros da Polícia Federal logo no desembarque. Em reunião nesta terça, 28, delegados da PF e integrantes das forças de segurança do Distrito Federal determinaram que Bolsonaro sairá por uma rota alternativa do aeroporto, não pelo desembarque principal. A comitiva do ex-presidente, por sua vez, afirma que ele não seguirá de forma alguma a orientação. Bolsonaro, pontuam, quer desembarcar “nos braços do povo”, neste caso, dos apoiadores que o estiverem aguardando no aeroporto.

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