Augusta Brito, suplente de Camilo, assume vaga no Senado em fevereiro e tenta espaço na CCJ

Augusta diz que vem lutando para conseguir espaço na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal. Posse da senadora suplente irá acontecer no dia 2 de fevereiro.

A senadora suplente Augusta Brito (PT-CE) afirmou que vem tendo reuniões com a bancada do Partido dos Trabalhadores no Senado Federal para discutir seu espaço como senadora. Ela disse que já reivindica uma vaga na CCJ, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.

“Eu já estou reivindicando participar das comissões que eu percebi que aqui são importantes, que todos os projetos passam por ela, como a CCJ, isso eu vou conseguir ainda. Ainda tô lá na luta”, diz Augusta.

A senadora deve se reunir com a bancada do PT no Senado nesta quinta-feira, 26, em Brasília. “Vou para a reunião da bancada quinta-feira. Estive na quinta passada também na da bancada do Senado, do PT”, afirmou. “Onde está sendo discutida ainda a questão dos espaços. Quem vai para comissão, quais as comissões, quem vai pra Mesa, etc”.

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Nove parlamentares do PT ocuparão o Senado Federal a partir de fevereiro. Destes, três são da nova leva: Augusta Brito (PT), suplente do ministro da Educação Camilo Santana (PT), Beto Faro (PT-PA) e Teresa Leitão (PT-PE). 

“São nove, três mulheres e duas suplentes que vão assumir. A posse será dia 2 e a expectativa é trabalhar muito, entender que é um grande desafio, embora eu tenha saído de uma Câmara Legislativa, eu sei da diferença”, conta a senadora sobre sua posse em Brasília, que ocorrerá no dia 2 de fevereiro.

Augusta Brito (PT) é deputada estadual e primeira suplente do senador eleito Camilo Santana (PT), que foi empossado como ministro da Educação. O cargo de senadora é o primeiro cargo federal conquistado pela política.

“Eu entendo que lá, com certeza, é uma coisa bem mais ampla, que precisa também de uma dedicação maior. Eu estou totalmente disposta a estudar e entender como funciona o Senado para que eu possa, verdadeiramente, fazer um mandato bem atuante, seja ele por qual período for", esclareceu.

Augusta é chefe da Procuradoria Especial da Mulher na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (AL-CE) e pretende levar as pautas de gênero para o Senado Federal quando iniciar sua atuação. “Eu vou estar bem atenta a tudo que for demandado, especialmente nessa pauta de gênero”, afirmou.

A senadora esteve em um evento da Procuradoria da Mulher, nesta terça-feira, 24, e comentou que mesmo tendo uma forte ligação com a pauta feminina, não pretende ocupar apenas este espaço. “Eu quero estar integrada não só nesses espaços, mas nos espaços que a gente possa estar demandando, debatendo e discutindo projetos que são bons, não só para nosso estado, mas também para o país como um todo”.


O evento desta terça-feira chegou a ser uma despedida da senadora e contou com cerca de 40 participantes, vereadoras e vereadores, de diversos municípios do Ceará. Segundo Raquel Andrade, coordenadora da Procuradoria Especial da Mulher, Augusta é vista como “mãe das vereadoras do Ceará”.

Ao ser questionada sobre o cenário do Senado atual, que elegeu uma maioria conservadora e apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Augusta admitiu que não costuma antecipar problemas ou soluções em relação ao assunto, mas considera estar preparada para debater o necessário.

De acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quatro candidatas foram eleitas senadoras — 14,8% das 27 vagas que estavam em disputa em todo o país. Augusta Brito disse achar necessário a questão de gênero no parlamento, “pela necessidade delas estarem se impondo pela desconstrução do que vinha sendo construído".

“Geralmente não costumo antecipar problemas ou não. Mas eu estou totalmente preparada para estar lá, pra defender o que eu acredito. Para que a gente possa demarcar essa questão de gênero, não só porque é uma questão de gênero, mas pela necessidade delas estarem se impondo, pela desconstrução do que vinha sendo construída, pela desconstrução que eu acho necessária especialmente pelo período dos quatro anos de Bolsonaro”, afirmou.

A deputada concorreu na chapa de Camilo Santana ao lado de Janaína Farias, ex-assessora especial do ex-governador e segunda suplente. Formada em Enfermagem e Direito, Augusta Brito ocupa a chefia da Procuradoria Especial da Mulher (PEM), desde 2017.

É responsável pela ampliação das ações do órgão vinculado à AL-CE e pela implantação de Procuradorias da Mulher nas Câmaras Municipais. Suas principais pautas políticas são a luta em defesa dos direitos das mulheres, da enfermagem, da juventude, da democracia e pelos direitos do povo, do campo e da cidade.

Mesmo fazendo parte do Senado, Augusta diz que não irá se mudar para Brasília por razões familiares. “Eu tenho toda uma família aqui, então é uma estrutura que eu não vou levar até porque não sei que tempo eu vou ficar, então estamos estabelecidos aqui”, comentou Augusta.

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