Bolsonaro se distancia de apoiadores terroristas e se diz defensor da democracia

Ex-presidente da República se manifesta após apoiadores golpistas depredarem prédios dos três poderes e "repudia as acusações, sem provas" de ter comandado ações terroristas

Jair Bolsonaro (PL) se defendeu de acusações de envolvimento nos atos terroristas e antidemocráticos em Brasília neste domingo, 8. O ex-presidente da República criticou a depredação dos prédios dos três poderes — protagonizada por apoiadores dele — e repudiou as "acusações, sem provas" do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que o ligou aos ataques mais cedo.

"Manifestações pacíficas, na forma da lei, fazem parte da democracia. Contudo, depredações e invasões de prédios públicos como ocorrido no dia de hoje, assim como os praticados pela esquerda em 2013 e 2017, fogem à regra. Ao longo do meu mandato, sempre estive dentro das quatro linhas da Constituição respeitando e defendendo as leis, a democracia, a transparência e a nossa sagrada liberdade", escreveu o presidente, derrotado na campanha de reeleição no ano passado.

Na postagem, Bolsonaro menciona os protestos de maio a julho de 2013, que começaram com movimentos de esquerda contra aumento de passagem, mas se transformaram em campanha contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Já em 2017, movimentos trabalhistas protagonizaram protestos contra o governo Michel Temer (MDB) e as reformas da Previdência e Trabalhista. Em nenhum dos dois momentos houve uma depredação do nível da vista neste domingo, em Brasília.

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Veja imagens do vandalismo causado por golpistas em Brasília

"No mais, repudio as acusações, sem provas, a mim atribuídas por parte do atual chefe do executivo do Brasil", completa Bolsonaro.

Bolsonaro encerrou o mandato dias antes do fim para não passar a faixa para Lula, democraticamente eleito para ser seu sucessor. Depois da derrota nas eleições, no fim de outubro, ele praticamente zerou os compromissos oficiais e desembarcou no dia 31 de dezembro na Flórida, nos Estados Unidos, onde está na casa de um ex-lutador de MMA.

Apesar de se posicionar como defensor da democracia, Bolsonaro estimulou, antes e depois da derrota nas eleições, atos antidemocráticos em todo o Brasil. 

 

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