"Estão usando o coitado", diz colega de suspeito de atentado em Brasília

Alan Diego dos Santos Rodrigues era taxista em Mato Grosso e é suspeito de participar de atentado no Aeroporto Internacional de Brasília.

O nome do taxista Alan Diego dos Santos Rodrigues foi citado em depoimento de George Washington Sousa, primeiro suspeito do atentado próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília. George expôs o nome de Alan Diego ao contar que entregou o explosivo do atentado. O artefato foi encontrado neste sábado, 24, no aeroporto.

Alan Diego trabalhou por cerca de um ano como taxista na cidade de Comodoro, em Mato Grosso, onde mora. Um de seus colegas de trabalho, o motorista de táxi Silvan Messiaro, contou que Alan pareceu uma pessoa tranquila, mas que “vai muito pela 'pilha' dos outros”. As informações são da coluna Chico Alves para o portal Uol.

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"Que eu saiba, ele é um cara de boa. O problema é que vai muito pela 'pilha' dos outros (...) Só se foi no meio desse povo aí que colocaram ele no meio disso", disse Silvan à coluna, fazendo referência aos manifestantes bolsonaristas que “colocaram” Alan na situação do atentado.

George Washington afirmou que, na sexta-feira, 23, “foi até o QG e deixou o artefato explosivo já preparado, com a pessoa de Alan Diego dos Santos Rodrigues". O explosivo foi encontrado no dia seguinte nas dependências do aeroporto de Brasília.

"Ele era Bolsonaro, mas não lembro que tenha feito nenhum comentário mais agressivo antes. Usaram ele", diz Silvan, sobre o colega Alan Diego. Ele ainda disse que Alan "não tem dinheiro nem pra comprar um revólver", e repetiu que os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) "estão usando o coitado".

Alan Diego é eletricista e foi candidato a vereador pelo PSD em Comodoro, mas não se elegeu. Nas redes sociais, Rodrigues já publicou vídeos em apoio ao presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL).

Entenda o caso

O explosivo foi encontrado dentro de uma caixa por funcionários da Inframérica, empresa do Aeroporto de Brasília, por volta de 7h45min, após um caminhão ter deixado a caixa na via pública, ainda pela madrugada.

George Washington de Oliveira Sousa, empresário de 54 anos, foi detido sob a acusação de tentar explodir um caminhão de combustível. Ele confessou ter colocado uma bomba em um caminhão-tanque no aeroporto de Brasília e disse que as "palavras" de Jair Bolsonaro (PL) o encorajaram a adquirir o arsenal de armas apreendido em seu poder.

 

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