"Não tenho posição definida", diz Sarto sobre PDT integrar base de Elmano

Prefeito de Fortaleza defende relação de "vai e volta" sobre possível apoio do PDT ao governo Elmano. Pedetistas devem se reunir nesta sexta-feira, 11, com o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi.

Integrantes do PDT no cearense devem se reunir nesta sexta-feira, 11, para discutir os rumos do partido a partir dos resultados das eleições em 2022. O partido ainda não definiu se integrará a base de apoio ao governador eleito Elmano de Freitas (PT) na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). Ao comentar o assunto, o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), disse que não tem uma "posição definida".

"Minha única posição é aquela que eu esqueci aqui qual é o ditado (que explica), mas eu vou tentar traduzir para o bom português. A mão que traz é a mão que leva. Se há de haver uma composição, ela deve ser dentro do princípio da teoria dos conjuntos, uma correspondência biunívoca, vai e volta. Não pode ser uma correspondência vetorial, de um lado para o outro apenas", explicou o pedetista em entrevista ao O POVO.

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A sigla pedetista, que elegeu 13 parlamentares em 2022, um a menos do que em 2018, é considerada um dos partidos-chave para que o petista obtenha maioria na Alece. Nas eleições deste ano, a legenda teve como candidato o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT). O ex-gestor da Capital foi terceiro colocado na disputa pelo Governo do Ceará, com 734 mil votos (14,14%).

"Se houver (aliança com PT), se for esse o entendimento da maioria, então, eu acho que se tivermos que conversar deve ser nesses termos de convivência pacífica e ambos trabalhando juntos", ressaltou Sarto sobre um dos caminhos que a articulação que definirá o futuro da sigla deve tomar.

Pedetistas reunidos

Conforme o pedetista, correligionários devem se encontrar com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, ainda nesta sexta-feira, 11. O mandatário veio ao Estado para encontro com lideranças partidárias, conforme informou o colunista do O POVO Carlos Mazza. O político chega em meio ao “racha” interno do grupo que coloca em contraposição duas correntes: os que defendem ser oposição e situação em relação à futura gestão petista no Palácio da Abolição.

Somando a base de 16 deputados eleitos junto com Elmano, ou seja, parlamentares dos partidos que integraram a coligação petista, com os 13 políticos da legenda de Sarto, o governador eleito teria o apoio de ao menos 29 das 46 cadeiras que existem na Alece.

Alguns deputados pedetistas já indicaram a possibilidade de compor a base de Elmano. Entre eles, Evandro Leitão (PDT), presidente da Alece e o segundo mais votado para o cargo no Estado, e Salmito Filho (PDT). Ambos governistas nas legislaturas anteriores, os dois políticos eram favoráveis à candidatura de Izolda Cela (sem partido), que acabou sendo preterida por RC na disputa pelo governo estadual. A decisão foi vista pelo PT como um dos principais motivos para o fim da aliança.

Colaborou Ísis Tavares especial para O POVO

 

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