Sarto diz não acreditar em interferência direta de Camilo na sucessão da Câmara

Prefeito de Fortaleza voltou a defender uma composição "plural" da chapa do PDT para a disputa

Em meio às articulações para a sucessão do deputado estadual eleito Antônio Henrique (PDT) no comando da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), o prefeito da Capital, José Sarto (PDT), disse não acreditar em uma "interferência direta" do ex-governador Camilo Santana (PT) na disputa.

O prefeito repercute as informações divulgadas pelo colunista do O POVO Carlos Mazza, revelando que o senador eleito deve ter participação mais ativa nos próximos dias, com uma "investida" pró-Léo Couto (PSB) para a eleição da nova mesa diretora.

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"A tese que eu defendo é, tanto lá como para a Assembleia, é que a maior bancada faça, dentro do critério da proporcionalidade, a composição que seja eclética, que contemple todos partidos tanto quanto possível, que contemple também o ecletismo de gênero e que as mulheres possam participar da mesa. Mas eu não acredito que haja interferência direta, conversar é o natural da política", disse o pedetista.

A sucessão do comando da Câmara deve reeditar mais um episódio do racha entre PT e PDT. Isso porque a disputa deste ano está dividida entre o vereador Gardel Rolim (PDT), apoiado por Sarto, além de Léo Couto. O concorrente do partido socialista aderiu a Camilo e ao governador eleito Elmano de Freitas (PT) nas eleições deste ano, apesar de a legenda ter ficado na composição do bloco do ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT).

A decisão fez com que Couto sofresse sanções dentro da legenda socialista, sendo destituído da direção do partido na Capital pelo deputado federal Dênis Bezerra (PSB), que é o presidente estadual da sigla.

Com o pleito marcado para 1º de dezembro, os agentes principais da disputa seguem se movimentando em busca de apoio na Câmara. Gardel, que é líder do Governo na Casa, conta com apoio de maioria da bancada do PDT e articula ampliar as bases para assegurar o comando.

"Então, eu estou torcendo para que saia uma composição pacificada tanto quanto pacificada, mas se houver disputa, haverá", ressaltou Sarto.

Segundo o colunista Carlos Mazza, nas contas de aliados, o pedetista já soma pouco mais de 20 votos, enquanto o concorrente apoiado por Camilo tem cerca de dez apoiadores.

O grupo que articula Léo acredita que a entrada de Camilo na cena pode elevar esse número a 15 parlamentares. Dessa forma, para vencer o pleito, ele teria de negociar voto do colegiado que compõe a oposição ao governo e, atualmente, tem ao menos oito políticos.

A decisão deste grupo segue aberta e dependerá, segundo o colunista do O POVO, das conversas com ambos os candidatos. O colegiado inclui o deputado estadual eleito Carmelo Neto (PL), além de Inspetor Alberto (PL), Priscila Costa (PL), Sargento Reginauro (UB), Danilo Lopes (Podemos), Ronaldo Martins (Republicanos) e Julierme Sena (UB).

Sobre a disputa, Sarto voltou a falar que o PDT deve formar uma chapa "plural e eclética". "Eu continuo com a mesma opinião. A câmara é um poder independente e harmônico do poder executivo municipal. O que eu posso fazer é, como partidário do PDT, defender uma tese".

"Cabe ao PDT e ao presidente Antônio Henrique, que é hoje deputado eleito, fazer a condução com os outros partidos, presidente de partidos e outros vereadores para fazer a composição de uma chapa que possa, eu digo, manter o nível que hoje a Câmara tem", havia dito o pedetista no início da semana.

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