Sarto diz que PDT tem de formar chapa "plural e eclética" para sucessão da Câmara

Com eleição marcada para 1º de dezembro, sigla do gestor indicou o nome do vereador Gardel Rolim para a disputa

Com o fim das eleições de 2022, as disputas locais voltam ao centro da política cearense. Parlamentares e partidos se movimentam na Câmara dos Vereadores de Fortaleza para definir o sucessor do deputado estadual eleito Antônio Henrique (PDT) na presidência da Casa. O prefeito da Capital, José Sarto (PDT), indicou que a sigla tem de formar a uma chapa "plural e eclética" para a disputa.

Com o pleito marcado para 1º de dezembro, a legenda do chefe do Executivo municipal indicou o nome de Gardel Rolim (PDT), líder do Governo na Casa. Com apoio de maioria da bancada do grupo, o pedetista articula ampliar as bases para assegurar o comando da Câmara.

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"Cabe ao PDT e ao presidente Antônio Henrique, que é hoje deputado eleito, fazer a condução com os outros partidos, presidente de partidos e outros vereadores para fazer a composição de uma chapa que possa, eu digo, manter o nível que hoje a Câmara tem. Fazer uma composição tanto quanto possível, impressão minha, plural e eclética", ressaltou Sarto sobre a disputa.

Durante a manhã desta segunda-feira, 7, o prefeito participou da cerimônia de entrega da requalificação do Centro de Atenção Psicossocial Infantil Estudante Nogueira Jucá. O equipamento, antes instalado no bairro Parquelândia, ganhou nova estrutura no Rodolfo Teófilo.

Durante o encontro, Sarto ressaltou que não terá envolvimento no processo de articulação do sucessor de Antônio Henrique. O atual comandante do Legislativo municipal não concorrerá à eleição, já que assumirá mandato na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) a partir de janeiro de 2023.

"Os poderes são independentes. Eu, como partidário, eu sou pedetista, por exemplo, no segundo turno, adotei uma posição partidária, a minha posição é partidária. Não é enquanto prefeito, porque enquanto prefeito temos que respeitar a independência e a autonomia dos poderes", ressaltou o gestor quando questionado pelo O POVO sobre seu envolvimento na disputa.

Articulando apoio de outras legendas para viabilizar seu nome na disputa, Gardel informou que deu início a uma rodada de conversas "com alguns grupos e partidos, que devem se afunilar nesta semana".

"Estou ouvindo as bancadas, os pleitos, vamos procurar construir a chapa respeitando a proporcionalidade dos partidos, com diálogo e de forma aberta. Vamos evoluir", disse, acrescentando que as conversas envolvem membros do PT e até do PSB.

Apesar disso, uma das siglas citadas pelo pedetista pode oferecer resistências, uma vez que o vereador Léo Couto (PSB) está trabalhando sua candidatura para concorrer à presidência da Câmara.

Em conversa com o colunista do O POVO Henrique Araújo, ele afirma que o assunto está sendo discutido com o senador Camilo Santana (PT) e o governador Elmano de Freitas (PT), ambos eleitos em 2022.

“A gente está concretizando uma chapa que teria PT, Psol e PSB de partida. É um ponto de largada, haja visto o último pleito”, disse Léo, ressaltando que até semana que vem deve ter uma definição.

Durante o pleito deste ano, o vereador declarou apoio aos petistas na disputa estadual, apesar do seu partido ter aderido à candidatura do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT) na concorrência pelo Palácio da Abolição. A decisão fez com que Couto sofresse sanções dentro da legenda socialista, sendo destituído da direção do partido na Capital pelo deputado federal Dênis Bezerra (PSB), que é o presidente estadual da sigla.

Em outubro, o colunista do O POVO Carlos Mazza já havia demonstrado como a disputa pela sucessão na Câmara pode confrontar as bases de Elmano e Sarto. Isso porque, durante a disputa estadual de 2022, PT e PDT findaram a aliança que durava 16 anos. Roberto Cláudio, que ficou em terceiro colocado entre os concorrentes ao Palácio da Abolição, protagonizou duros embates com o petista, acusando adversários de usarem a máquina do Governo do Estado em benefício da candidatura da legenda.

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