Presidente da Fórmula 1 critica Vettel, Hamilton e Norris por ativismo e é rebatido

O presidente da Federação Internacional do Automobilismo desaprovou o que classifica como uma imposição de ideais no esporte

O presidente da Federação Internacional do Automobilismo (FIA), Mohammed ben Sulayem, criticou o ativismo dentro da Fórmula 1. Ele citou os pilotos Lewis Hamilton, Sebastian Vettel e Lando Norris como exemplos. Os três se posicionam por causas como o antirracismo, conscientização ambiental, defesa da comunidade LGBT e saúde mental. O presidente desaprovou o que classifica como uma imposição de ideais no esporte.

"“Niki Lauda e Alain Prost só se importavam em pilotar. Agora, Vettel anda em uma bicicleta com o arco-íris, Lewis é apaixonado por direitos humanos e Norris aborda a saúde mental"" Mohammed ben Sulayem, presidente da Federação Internacional do Automobilismo (FIA)

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“Niki Lauda e Alain Prost só se importavam em pilotar. Agora, Vettel anda em uma bicicleta com o arco-íris, Lewis é apaixonado por direitos humanos e Norris aborda a saúde mental. Todos têm o direito de pensar. Mas, para mim, trata-se de decidir se devemos impor sobre o esporte as nossas crenças, o tempo todo”, falou em entrevista coletiva do GP do Azerbaijão nesta sexta-feira, 10.

Nos quatro últimos anos, Hamilton tem se importado cada vez mais quanto ao assunto é direitos humanos e racismo. Em 2020, o engajamento do piloto à causa dos negros aumentou e hoje ele ajuda a Mercedes a desenvolver projetos de inclusão, além de ter idealizado a Comissão Hamilton para investigar dificuldades de pessoas racializadas na Fórmula 1.

Já Vettel tem se tornado referência no que diz respeito à conscientização ambiental, além de se posicionar como aliado da comunidade LGBT. Ele também foi capa de uma revista britânica Attitude, o primeiro piloto a ilustrar a revista voltada para o grupo.

“Essas questões são maiores do que nós, maiores do que o esporte pode ser. É importante expressar e mencioná-las, aumentar a conscientização, educando as pessoas e mostrar que há muitas coisas que podemos melhorar”, disse Vettel em coletiva.

Hamilton, por sua vez, declarou que isso não os impede de fazer o que estão fazendo. “O esporte está crescendo continuamente e continua sendo uma plataforma importante para usar nossas vozes. Cada um de nós aqui pode fazer mais para desencadear mais conversas. As coisas estão se movendo em um ritmo muito lento. Precisamos de mais pessoas. Encorajo todos os pilotos a serem mais francos sobre as coisas com as quais se importam."

O presidente da FIA afirmou ainda: "Sou de uma cultura árabe, internacional e muçulmano. Eu imponho minhas crenças a outras pessoas? De jeito nenhum! Se você olhar para a minha operação nos Emirados Árabes Unidos: 16 nacionalidades! Cite-me uma federação que tenha tantas nacionalidades. Há mais de 34% de mulheres e sete religiões, e mais cristãos do que muçulmanos. Tenho orgulho porque isso cria credibilidade e mérito."

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