Pedro Queiroz nega envolvimento em motim e diz que governo descartou proposta inicial

O depoente disse ter participado da contrução de uma tabela feita a "várias mãos e com várias entidades", mas proposta foi vetada pelo pelo então chefe secretário-chefe da Casa Civil, Élcio Batista

O presidente da Associação de Praças da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (Aspramece), Pedro Queiroz da Silva, falou, nesta terça-feira, 3, sobre o processo de negociação entre profissionais da segurança pública e Governo do Ceará, em 2020. Em seu depoimento à CPI do Motim, o militar disse ter tentado flexibilizar ao máximo a proposta apresentada pelo Executivo estadual e que a categoria chegou a ter uma proposta vetada, em 2019, pelo então chefe secretário-chefe da Casa Civil, Élcio Batista.

O depoente disse ter participado da construção de uma tabela feita a "várias mãos, com várias entidades e apresentada para o governo oficialmente". "A gente não conseguiu avançar com essa tabela. Na primeira reunião, o então representante do governo Élcio Batista falou dizendo ‘ó essa tabela está descartada. O que eu tenho pra vocês é isso aqui. Se virem dentro desse desse percentual que o governo pode dar”. disse Pedro.

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O militar lembrou a proposta sugerida pelo governo e disse que a categoria apenas conseguiu flexibilizar o número de parcelas que envolvia o reajuste salarial. "Só foi possível negociar dentro daquele limite em que o governo estava oferecendo condições. O máximo que a gente flexibilizou foram as parcelas, as quais seriam implantados esses valores. Esses R$ 500 milhões quinhentos. "A priori, o chefe da Casa Civil que ali estava negociando conosco queria ir de quatro parcelas e nós conseguimos com muita peleja, porque essa mesa levou quatro sessões, foram quatro sessões distintas, uma delas com dois turnos, para a gente chegar a esse entendimento", destaca.

O presidente da Aspramece diz não ter ficado satisfeito com o acordo sugerido pelo governo, pois a proposta sugerida anteriormente pelos representantes da segurança pública continha uma tabela que visava recuperar todas as perdas que os profissionais tinham tido nos últimos anos.

"Já fazia cinco anos que o governo do Estado não dava reposição salarial para os militares e a gente então tinha feito uma tabela dentro dessa mesa de negociação inclusive com o apoio do comandante geral da Polícia, que nos recebeu em outubro 2019 por duas vezes e nessas reuniões nos deixou muito à vontade para apresentar o que verdadeiramente a gente precisava recuperar de perdas salariais", lembrou Pedro.

No entanto, ele negou que, em algum momento, tenha sido convidado diretamente ou indiretamente por algum portador de mensagem para participar de alguma paralisação.

Informações do repórter Vitor Magalhães

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