MP de São Paulo abre inquérito contra Monark por apologia ao nazismo

Apresentador defendeu criação de partido nazista; promotoria de Direitos Humanos considera declaração como 'inquestionável’

O Ministério Público de São Paulo, abriu nesta quarta-feira, 9, processo de investigação criminal contra o youtuber Bruno Aiub, popularmente conhecido como Monark. A iniciativa se deu após as declarações de cunho nazista do youtuber no programa Flow Podcast. “Eu acho que tinha de ter o partido nazista reconhecido pela lei”, disse. O inquérito ficará a cargo do Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (Gecradi).

Com participação dos deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP), o episódio que foi ao ar na segunda, 7, viralizou nas redes sociais depois das declarações do apresentador. Monark defendeu ainda o 'direito" de ser antissemita. Com a repercussão negativa e críticas de diversas cúpulas da sociedade, o youtuber foi desligado do programa sob também pressão de patrocinadores.

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O MP de São Paulo diz que o teor nazista e antissemita do discurso é "inquestionável". “O caráter racista, antissemita e o proselitismo nazista em um podcast assistido por mais de 400 mil pessoas reclamam a atuação desta Promotoria de Justiça de Direitos Humanos”, apontaram os promotores Anna Trotta Yaryd e Lucas Martins Bergamini, assinantes da portaria de abertura do inquérito.

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Os promotores desejam ouvir o youtuber em até 30 dias a respeito de suas declarações. Eles solicitaram também que a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) fosse notificada para abertura de inquérito policial. O YouTube também foi notificado para que o conteúdo seja removido da plataforma.



O Ministério Público requisitou ainda que os Estúdios Flow encaminhem os "atos constitutivos da empresa". Monark faz parte dos sócios do grupo, contudo deve deixar de ocupar a posição em breve. Com a polêmica, Igor Coelho, outro sócio da empresa, afirmou que a fração do colega deve ser comprada. “A gente entendeu a gravidade do problema, decidimos desligar o Monark para que as pessoas que trabalham aqui, e os outros programas, não sofram com isso”, disse ao jornal O Estado de S.Paulo.

Diante do impacto das declarações, o youtuber resolveu gravar um vídeo, onde pede desculpas e afirma que estava "muito bêbado" durante a gravação do programa. “Falei de uma forma muito insensível com a comunidade judaica e peço perdão pela minha insensibilidade”, disse.

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