Vereadora Larissa Gaspar critica Bolsonaro após veto a absorventes: "Incompetente e irresponsável"

"Hoje, nós temos mais de 116 milhões de brasileiros e brasileiras que não têm garantia de comida na mesa, imagina garantia de acesso a um absorvente higiênico", disse a parlamentar

A vereadora de Fortaleza Larissa Gaspar (PT) usou o seu espaço na tribuna da Câmara para repudiar o veto do presidente Jair Bolsonaro à distribuição de gratuita de absorventes nas escolas públicas e para mulheres em situação de rua, ou em situação de vulnerabilidade social extrema, presidiárias e apreendidas.

Na ocasião, a vereadora classificou o veto como "absurdo". "O desgoverno Bolsonaro, que teve a coragem de, mais uma vez, atingir a vida de nós mulheres, meninas, homens trans, pessoas não-binárias, que depois de muita luta das nossas parlamentares e dos nossos parlamentares do campo da esquerda, do campo progressista, que estão fazendo a resistência no Congresso Nacional e aprovaram o projeto de autoria da deputada federal Marília Arraes", disse.

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Apesar da vereadora fazer referência a outras identidades de gênero, o projeto aprovado no Congresso não cita pessoas que menstruam além das mulheres cisgênero, como homens trans e pessoas não-binárias.

"O Brasil vive uma situação absurda de pobreza menstrual, onde os corpos que menstruam muitas vez não têm condição econômica de comprar uma absorvente. Hoje, nós temos mais de 116 milhões de brasileiros e brasileiras que não têm garantia de comida na mesa, imagina garantia de acesso a um absorvente higiênico", acrescentou.

"Esse incompetente, esse irresponsável, esse sujeito que brinca com a cara da população brasileira vetou a aprovação desse projeto que iria garantir acesso a esse insumo tão valioso, tão importante para garantir a dignidade menstrual", disse. "Muitos estudantes perdem até 45 dias de aula porque não conseguem ir para a escola em função de estar menstruada e não querem chegar lá e ser alvo de chacota", completou.

Ao final, a parlamentar parabenizou o governador Camilo Santana (PT) pela lei já sancionada no Ceará em julho deste ano com o mesmo propósito do projeto vetado pelo presidente. "Dá exemplo para o Brasil e o mundo", afirmou. A vereadora citou ainda o projeto de indicação de sua autoria que foi aprovado na Câmara e orienta a criação do programa Menstruação sem Tabu. O texto dispõe sobre a distribuição de absorventes pela Prefeitura de Fortaleza.

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