Em recado a Wagner, Mauro Albuquerque critica quem faz "politicagem com a segurança"

O titular da Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará reforçou as falas do secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, Sandro Caron, que fez críticas à atuação do deputado federal Capitão Wagner

O titular da Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará, Mario Albuquerque, reforçou, nesta quarta-feira, 22, defesa do governador Camilo Santana (PT) ao responder às críticas do deputado federal Capitão Wagner (Pros) sobre o domínio das facções criminosas no estado. Apesar de não citar o nome do parlamentar, o gestor afirma que muitas pessoas fazem um "desserviço para a segurança pública" ao "tumultuar a segurança e desacreditar as forças policiais" cearenses. 

A fala reforça o pronunciamento do secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, Sandro Caron, que responsabilizou Wagner pela formação dos motim de policiais militares em fevereiro de 2020. 

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"Luto diariamente para combater o crime, controlar os presídios, e vejo algumas pessoas trabalhando no sentido contrário, inclusive muitas delas nunca estiveram ariscando a vida para prender um bandido sequer e ficam jogando pra plateia, além de enaltecendo as facções ao invés de valorizar e incentivar os nossos policiais. Isso é um desserviço para a segurança pública e um crime contra o povo cearense", criticou Albuquerque, em declaração exclusiva ao O POVO.  

O secretário critica ainda pessoas que "passam o tempo inteiro tentando tumultuar a segurança e desacreditar as forças policiais". "Devemos ser aliados dos nossos policiais, que tem todas as condições para esmagar as referidas facções, e não torcer para o crime (...) Enquanto isso vejo uma turma tentando tumultuar, com politicagem, enaltecendo facções. Isso é contribuir com o crime, colocando a população e até os policiais em risco", disse. 

Desde sua chegada ao Ceará, o secretário afirma que, com o apoio do governador, tem buscado "moralizar os presídios cearenses". "Ali não é hotel. É cadeia. E deve ter regras. Devido a sua coragem [Camilo] e disposição de enfrentamento os grupos criminosos, os presídios cearenses hoje são exemplo no país. Nossas ações foram contra muitos interesses, mas não abrimos mão de cumprir a lei", afirma. 

"Deixem de fazer politicagem com a segurança do cidadão de bem e vamos incentivar a nossa polícia, que nessa guerra são os heróis", reforça Mauro. 

Segundo Wagner, pré-candidato a governador pela oposição em 2022, as facções migraram do Rio de Janeiro e São Paulo porque viram que poderiam agir livremente no Ceará. As críticas contra o governo estadual aumentaram após o governador acusar a oposição de disseminar mentiras sobre a gestão petista.

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Com base na tese, o deputado tem feito diversas acusações ao Executivo, entre elas, o de proibir policiais de invadir as casas de traficantes, mesmo em flagrante deito, e de fazer acordos políticos com as organizações criminosas para ganhos políticos em 2020. 

Em resposta a Caron nesta terça-feira, 21, Wagner alega ter tido telefones grampeados e que está sendo seguido pela inteligência da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Ele também desafiou: ""E ele não tem uma prova contra mim. Mande ele apresentar uma prova das acusações que ele fez". 

 

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