Maioria dos brasileiros acha que Bolsonaro demorou a comprar vacinas, diz pesquisa do Senado

O levantamento foi feito pelo Instituto de Pesquisa DataSenado. Dos entrevistados, 97% acredita que a demora na compra de vacinas contribuiu para o alto número de mortos

Em levantamento do Instituto de Pesquisa DataSenado, ligado ao Senado Federal, foi observado que a maioria dos brasileiros acredita que houve uma demora na compra de vacinas no país, sobretudo por omissão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Grande parte dos entrevistados ainda entende que se o Brasil tivesse adquirido os imunizantes mais cedo, o número de mortes seria menor.

Foram 73% os que acreditam que a compra de vacinas começou muito tarde, contra 22% que disseram ter sido no momento certo, e 3% mais cedo do que deveria. Dentre os que acham que houve demora, 74% apontaram Bolsonaro como principal responsável, e 97% avaliaram que o saldo de mortes poderia ter sido menor caso as vacinas tivessem sido adquiridas com mais rapidez.

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Os pesquisadores perguntaram ainda quem é o principal responsável pelo desempenho do país no combate à pandemia, mas sem avaliar a qualidade desse trabalho, e o presidente apareceu na frente novamente.

A pesquisa também se debruçou sobre outros assuntos, como a CPI da Covid instaurada no Senado e o nível de medo da doença. Dentre os que acompanham os trabalhos da comissão, a maioria acredita que sua criação foi muito importante.

Segundo a pesquisa, 73% sabem da existência da CPI. Desse total, 67% acompanham os trabalhos. E, dentre os que acompanham, 66% acreditam na sua importância, 14% acham que foi pouco importante, 19% entendem que não foi nada importante, e 1% não respondeu.

Entre os assuntos que a comissão investiga, os indícios de corrupção na compra de vacinas é o mais conhecido dentre os que acompanham as sessões, tendo sido citado por 84%. As denúncias de irregularidades na negociação da vacina indiana Covaxin e as tratativas com uma empresa intermediária que dizia ter doses da AstraZeneca foram os pontos mais lembrados.

Sobre a doença, a maioria dos brasileiros respondeu que tem muito ou um pouco de medo, e avalia que a vida piorou depois da pandemia. Entre os entrevistados, 42% responderam que têm muito medo, ante 32% que disseram ter um pouco de medo, 25% que não têm nenhum medo e 1% que não soube responder.

Na comparação entre 2020 e 2021, mais pessoas acham que este ano está pior do que o passado - 40% - do que os que pensam que houve melhora - 34%.

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