CPI da Covid: Teich afirma que tese de imunidade de rebanho contra Covid é erro

O ex-ministro garantiu que a única forma de garantir uma imunização da população é com a vacina, e não com a contaminação em massa

Durante depoimento na CPI da Covid nesta quarta-feira, 5, o ex-ministro da Saúde Nelson Teich afirmou que a tese defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) da “imunidade de rebanho” não deveria ser adotada no Brasil. Segundo o médico, essa imunidade só é possível com vacina, e não pela infecção em massa.

“Tese de imunidade de rebanho é um erro. Imunidade você tem pela vacina”, afirmou o ex-ministro. A tese da “imunidade de rebanho” é quando 80% da população estiver imunizada contra o vírus, os outros 20% também estarão protegidos e a doença não circula mais pela sociedade.

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Após a declaração, o senador Humberto Costa (PT-PE) questionou se o presidente Bolsonaro havia adotado a tese de que a maior transmissibilidade seria melhor para enfrentar a pandemia. Em sua pergunta, citou um estudo da Universidade de São Paulo (SUP) que aponta para os erros de estratégia do governo federal.

Em resposta, o ex-ministro alegou não poderia opinar sobre o estudo da USP, pois deveria entender qual a metodologia usada. Mas, ele garantiu que a tese de maior transmissibilidade não foi discutida durante sua gestão no Ministério da Saúde.

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De acordo com Teich, o outro erro é a recomendação de medicamentos sem eficácia comprovada para pacientes infectados pela Covid-19. Segundo ele, não foram comprovados efeitos positivos em pacientes que tomaram a cloroquina, por exemplo. O segundo titular da Saúde de Bolsonaro afirma que a orientação para o uso e a produção da cloroquina é "inadequada" e disse que ela não passou pelo ministério da Saúde durante sua gestão

Em seu depoimento, o médico rebateu o senador Eduardo Girão, após o parlamentar tentar defender uso da cloroquina e ivermectina para tratamento precoce para Covid-19. O ex-ministro manteve suas críticas aos medicamentos, todos ainda sem comprovação científica contra a doença que já matou mais de 410 mil pessoas no País. 

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