CPI da Covid: Teich diz que não tinha autonomia e que presidente "insistiu na cloroquina"

O ex-ministro disse que Bolsonaro reforçou a necessidade de alinhamento com o governo federal e de ampliação da cloroquina no Brasil.

O ex-ministro Nelson Teich afirmou para a CPI da Covid que seu pedido de demissão do cargo aconteceu após o governo ter insistido no chamado “protocolo da cloroquina” e por perceber que não teria autonomia na gestão. A dois dias de completar um mês no cargo, o médico pediu demissão após ter seu poder de ministro minimizado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A divergência sobre o protocolo do uso da cloroquina no combate ao coronavírus, porém, foi considerada a gota d'água para a queda dele. “Eu não diria que fui enganado (ao assumir o Ministério), mas eu não precisaria de um período longo para perceber que eu não teria a autonomia necessária para conduzir as ações (da pasta)”, disse Teich. Ele concluiu: “Pedi demissão pelo pedido específico de uso da cloroquina”. 

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O médico disse ter se sentido incomodado com as falas do presidente sobre a necessidade de alinhamento dos integrantes do seu ministério. Na ocasião, Bolsonaro garantiu que o governo iria promover a ampliação da produção da cloroquina no Brasil.

"Naquela semana, teve uma fala do presidente no (Palácio da) Alvorada onde ele fala que o ministro tem que tá afinado e cita o meu nome. Tem uma reunião na véspera com empresários onde fala que o medicamento vai ser expandido. Durante a noite, tem uma live onde ele fala que vai acontecer isso e, no dia seguinte, eu peço minha exoneração", lembrou Teich. 

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