Teich rebate Girão após senador tentar defender uso do tratamento precoce para Covid-19

Senador cearense disse que medicamentos "viraram palavrão" e que menos "animosidade política" em torno do seu uso poderia ter salvado vidas de brasileiros

O senador Eduardo Girão (Republicanos) usou seu tempo de fala na CPI da Covid nesta quarta-feira, 5, para indagar o ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, sobre o uso de medicamentos para tratamento precoce contra a Covid-19 no Brasil. Apensar de manifestar críticas à apologia do presidente Jair Bolsonaro em torno da cloroquina, o parlamentar alegou que os medicamentos "viraram palavrão"e  defendeu que menos "animosidade política" em torno do uso das substâncias teria salvo a vida de brasileiros. 

"Se não houvesse essa postura do presidente da República, com os resultados clínicos que o medicamento tem apresentado no mundo, existiria menos animosidade política em relação a isso e mais vidas poderiam ter sido salvas? Será que essa cegueira política de um lado e de outro não comprometeu a vida dos brasileiros. Porque esses medicamentos viraram um palavrão. A cloroquina existe há 70 anos, a ivermectida tem 30, e ganharam até prêmio Nobel", destacou Girão.

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O parlamentar disse ainda que a ciência está dividida em relação ao uso da cloroquina, mas que o crime está na superdose e foi ali que a droga foi desqualificada. Ele avaliou que há centenas de estudos científicos que comprovam a eficácia do medicamento. Atualmente, não há estudos científicos que indicam a hidroxicloroquina para impedir infecções pelo novo coronavírus.

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O ex-ministro contrariou o senador e manteve suas críticas aos medicamentos, todos ainda sem comprovação científica contra a Covid-19. "São duas situações distintas. Uma é o presidente mostrar a caixa e outra é ele funcionar ou não. O problema que eu vejo de você liberar medicamentos de uma forma indevida é que você não sabe como eles serão usados, até para você proteger a sociedade você precisa disso", respondeu.

Logo depois, Girão tenta defender o uso dos medicamentos no âmbito da autonomia médica. Na ocasião, Teich também foi manifestou críticas. "A autonomia médica assume que todo médico tem o conhecimento máximo em tudo que ele faz. Se isso não se faz, a autonomia médica tem que ser avaliada. Quando você permite que uma pessoa use de forma inadequada os recursos, acho que de certa forma você pode tá prejudicando a sociedade e tem que ser discutida", completou. 

 

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