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PDT deve processar Tábata e outros sete deputados que votaram a favor da reforma da Previdência

Presidente da sigla, Carlos Lupi confirmou ao O POVO Online a abertura de processo disciplinar na próxima semana

Após descumprirem a recomendação de votar contra a proposta de reforma da Previdência, aprovada nessa quarta-feira, 10, oito deputados federais do PDT podem ser processados pelo partido. Presidente da executiva nacional, Carlos Lupi informou que será aberto processo na Comissão de Ética do partido contra aqueles que transgrediram a advertência – entre eles, Tábata Amaral. Na legislatura atual, a sigla tem 27 parlamentares na Câmara.

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“Seguindo o estatuto do PDT, abriremos um processo na Comissão de Ética semana que vem contra os deputados federais que votaram contra nossa Convenção Nacional e contra o povo brasileiro. Tomaremos as medidas cirúrgicas contra aqueles que não respeitaram o PDT e sua história”, escreveu Lupi no Twitter, na tarde desta quinta-feira, 11.

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Na quarta, Lupi chegou a postar vídeo na mesma rede social, onde afirmou: “Quem quiser o lado dos banqueiros, que vá para o lado de lá. O trabalhismo brasileiro, desde Getúlio Vargas, é para defender o trabalhador, o pobre, a classe média”. Questionado sobre sua posição individual, se seria favorável à permanência dos deputados que votaram contra a recomendação da sigla ou não, Carlos Lupi afirmou que esse julgamento depende do diretório nacional. “É soberano em suas decisões”.

Pela noite, o plenário da Câmara aprovou em primeiro turno o texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) que muda as regras do sistema previdenciário do Brasil. Dos deputados presentes na votação, 379 votaram a favor da proposição e 131 votaram contra.

Dos atuais 27 deputados filiados ao PDT, oito votaram pela aprovação da reforma. São eles: Alex Santana (BA); Flávio Nogueira (PI); Gil Cutrim (MA); Marlon Santos (RS); Jesus Sérgio (AC); Silvia Cristina (RO); Subtenente Gonzaga (MG); e Tábata Amaral (SP). Esta última já havia anunciado o voto pela reforma.

Também no Twitter, antes da votação, Tábata publicou vídeo afirmando que “ser de esquerda” não poderia significar “ser contra um projeto que de fato pode tornar o Brasil em mais inclusivo e mais desenvolvido”. De acordo com ela, o atual modelo previdenciário “aumenta a desigualdade do País”, além de ser “um impasse para o desenvolvimento”.

“Meu voto é de consciência, não é um voto vendido por dinheiro de emendas. É um voto que segue as minhas convicções e tudo o que estudei até aqui. Ao tomar essa decisão, eu olho para o futuro do País e não para o próximo processo eleitoral. Quem me conhece sabe da minha luta pelos mais pobres, sabe da minha trajetória, e hoje a Previdência tira dinheiro de quem menos têm e transfere para os mais ricos”, indicou.

Por e-mail, a reportagem entrou em contato com assessoria de imprensa da deputada, para saber se ela irá se manifestar sobre a possível punição do partido, e aguarda resposta.

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