Senha 'Louvre': falha clássica causa roubo do museu
Roubo foi cometido por criminosos comuns e custou milhões de dólares de perdas. Saiba como acessaram o sistema de vigilância
Relatórios internos divulgados após o roubo de joias avaliadas em cerca de 102 milhões de dólares no Museu do Louvre, em Paris, revelaram uma falha de segurança inusitada e grave: o sistema de vigilância da instituição usava a senha “Louvre”.
O caso, que chocou a França e o mundo, escancarou um cenário de negligência tecnológica e estrutural em um dos museus mais prestigiados do planeta.
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Senha “Louvre”? A descoberta da senha
Durante a investigação, auditores descobriram que a senha principal do sistema de vigilância era simplesmente “Louvre” desde 2014.
Técnicos também constataram que parte do software de monitoramento não recebia atualizações desde 2019, tornando o sistema ainda mais vulnerável a invasões e manipulações.
O relatório classificou a falha como “erro humano grave”, apontando que o museu operava com padrões de segurança muito abaixo dos exigidos para instituições de seu porte.
O episódio reacendeu o debate sobre a modernização tecnológica de museus e instituições culturais em todo o mundo.
Como o roubo ao Museu do Louvre aconteceu
O crime ocorreu em 19 de outubro de 2025, por volta das 10h da manhã, em plena luz do dia. Três homens vestidos como técnicos de manutenção entraram pela entrada lateral do museu com credenciais aparentemente legítimas.
Aproveitando-se de uma brecha no sistema de controle interno que, segundo investigações, estava vulnerável devido ao uso de senhas simples e servidores desatualizados, eles conseguiram desativar parcialmente as câmeras e os sensores de movimento da Galeria Apollo, onde ficam expostas as Joias da Coroa Francesa.
Em menos de oito minutos, os criminosos retiraram diversas peças raras, incluindo o colar de safiras de Maria Antonieta e um broche pertencente a Napoleão III.
A ação foi tão precisa que as autoridades acreditam ter sido planejada com o auxílio de alguém com acesso interno ao museu.
Reações e consequências
Após o roubo, o governo francês determinou uma ampla auditoria em todos os museus nacionais. A ministra da Cultura reconheceu que o país negligenciou protocolos básicos de segurança e anunciou a criação de uma força-tarefa para revisar sistemas de vigilância e controle de acesso.
Enquanto isso, o Louvre permanece parcialmente fechado para instalação de novos equipamentos. O diretor da instituição classificou o episódio como “o maior golpe à credibilidade do museu desde o roubo da Mona Lisa, em 1911”.
Especialistas apontam que o caso deve servir de alerta global. Senhas simples, ausência de manutenção e dependência de sistemas ultrapassados são falhas comuns não apenas em museus, mas em empresas e órgãos públicos.
Senha “Louvre”: um símbolo de descuido
Mais do que um crime cinematográfico, o episódio do Louvre expõe o contraste entre tradição e modernidade.
O uso da senha “Louvre” virou piada nas redes sociais, mas também representa uma lição sobre como até instituições centenárias podem ser derrubadas por falhas banais.
O caso segue sob investigação e parte das joias ainda não foi localizada.
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