Mulher que matou gato em live é sentenciada por matar homem afogado
Blake admitiu ter matado o gato ao vivo para agradar uma namorada virtual, mas nega ter assassinado homem e o jogado em rio. Entenda o caso
Scarlet Blake foi sentenciada nesta segunda-feira, 26, pelo assassinato de um homem. o corpo foi encontrado em um rio em Oxford, na Inglaterra. Ela já havia feito uma transmissão ao vivo meses antes enquanto torturava e matava um gato.
A mulher de 26 anos foi caracterizada pelo tribunal por ter "extremo interesse na morte" e uma "fixação por violência". A Unidade de Crimes Graves da Polícia de Thames Valley conduziu a investigação ao longo de três anos.
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O julgamento foi encerrado após três semanas. Scarlet Blake foi considerada culpada por unanimidade e condenada à prisão perpétua com pena mínima de 24 anos.
Assassinato de Jorge Marin Carreno
Scarlet Blake estava nas ruas quando encontrou o jovem espanhol de 30 anos. Ela lhe ofereceu vodca antes de levá-lo em direção ao rio Cherwell.
Segundo o julgamento, ela bateu na cabeça dele, tentou estrangulá-lo e depois o jogou na água. Câmeras de seguranças flagraram os dois caminhando juntos momentos antes do assassinato. O corpo de Jorge Martin Carreno foi encontrado de bruços no local em julho de 2021.
A mulher confirmou que conheceu Jorge, mas negou que estivesse procurando uma vítima naquela noite. Ela afirma que saiu para passear porque não conseguia dormir.
O assassinato teria ocorrido quatro meses depois que Blake transmitiu ao vivo o assassinato de um felino nas redes sociais.
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Scarlet Blake já havia matado um gato
Segundo testemunhas, Blake tinha um “extremo interesse na morte”. Ela já teria capturado, torturado e assassinado um gato de outra família.
Ela se declarou culpada pelo crime. O vídeo foi considerado "muito explícito" para ser exposto ao júri, mas foram mostradas imagens de Blake sorrindo para a câmera.
Nos arquivos de áudio, ela falava frases como: “Eu me pergunto onde aprendo a fazer isso com uma pessoa”.
Durante o vídeo ainda, uma música tocava ao fundo e o tribunal ouviu ser uma homenagem a um documentário da Netflix sobre um homem que matou felinos e cometeu um assassinato.
Julgamento de Scarlet Blake
O julgamento ouviu que Blake veio da China aos nove anos e se revelou transgênero para seus pais aos 12 anos. Ela disse que isso causou uma grande desapontamento neles.
O tribunal também ouviu que Blake manteve um relacionamento online com Ashlynn Bell, que mora nos EUA. Blake disse ao júri que Bell queria que ela matasse alguém após transmitir ao vivo o assassinato do gato.
Durante seu depoimento, a mulher também alegou ter uma personalidade fragmentada, que incluía ser uma gata.
A promotora Alison Morgan KC pediu para o juiz considerar o assassinato envolvendo “conduta sexual” devido às evidências ouvidas no tribunal que revelam como Blake obteve gratificação sexual da situação.
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Sentença de Scarlet Blake
A morte de um gato de estimação foi um fator agravante. A sentença ocorreu nesta segunda-feira, 26. Scarlet Blake foi condenada à prisão perpétua com pena mínima de 24 anos.
Durante a sentença, o juiz Martin Chamberlain disse que a decisão de matar Jorge não foi um erro momentâneo nem foi uma decisão tomada derivada de alguma emoção. "Você pretendia matá-lo, e o fez", disse à Blake.
"Você decidiu matar alguém porque acreditava que Ashlynn Bell acharia isso sexualmente excitante. Havia, portanto, uma clara motivação sexual para o assassinato", alegou.
O Juiz ainda ressaltou que a mulher voltou duas vezes ao local do crime para tirar fotos e que DNA no topo de uma garrafa de vodca (item que possivelmente ela usou para atingi-lo na cabeça) colocou Blake na margem do rio onde Jorge morreu. (Com informações do The Guardian)