Mãe e filha se reencontram 80 anos após separação durante a 2ª Guerra Mundial
O reencontro entre as duas só ocorreu após o neto encontrar um parente pelas redes sociais
Gerda Cole, uma mulher judia de 98 anos que mora no Canadá, ganhou o que considera o "melhor presente de aniversário": ela conseguiu reencontrar a filha, Sonya, que havia entregue para adoção há 80 anos, durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 1939, Gerda, de 15 anos, teve que deixar a Áustria para fugir os nazistas e chegou como refugiada à Inglaterra. Três anos depois, a jovem deu à luz uma menina, porém, por causa de dificuldades financeiras, ela precisou entregar sua recém-nascida a um casal inglês.
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“Eu tive uma educação pessoal muito limitada, e isso, combinado com o tempo de guerra, não me deixou outro recurso a não ser ter Sonya adotada sob o conselho do comitê de refúgio”, contou ela ao The Washington Post. “A condição era não ter mais nenhuma ligação com a criança”, completou.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, Gerda mudou-se para o Canadá com o marido e começou uma nova etapa de vida. Lá, ela obteve três diplomas universitários, mas nunca esqueceu Sonya.
O reencontro entre as duas só ocorreu por causa do neto de Gerda, Stephen Grist. Sonya Grist, hoje com 79 anos, não acreditava que sua mãe ainda estava viva. Mas após o rapaz pesquisar a árvore genealógica para obter a cidadania austríaca, ele encontrou um parente que é enteado de Gerda.
Pelas redes sociais, o neto conversou com esse parente e descobriu que sua avó ainda estava viva e morando no Canadá. "Nunca nos ocorreu que ela ainda poderia estar viva", disse Stephen Grist.
"Quando eu disse à minha mãe que Gerda ainda estava viva, ela apenas disse: 'Eu quero pegar um avião para o Canadá agora e dar-lhe um grande abraço'", contou Stephen à CBC.
O encontro ocorreu em maio deste ano para comemorar o 98° aniversário de Gerda. Sonya e seu filho, Stephen, viajaram para Toronto. No dia seguinte à sua chegada, eles se encontraram na casa de repouso de Revera Kennedy Lodge, onde Gerda mora.
“Tive um nó no estômago", disse Sonya Grist, "mas quando nos beijamos pela primeira vez, houve um vínculo imediato".
Gerda revelou que reencontrar a filha "foi a melhor coisa que lhe aconteceu".
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