"É um lembrete doloroso de que a democracia é frágil", comenta Joe Biden sobre dia de violência nos EUA
Um grupo de apoiadores de Donald Trump invadiu na quarta-feira, 6, o Capitólio, sede do Congresso americano, em Washington"Hoje é um lembrete, doloroso, de que a democracia é frágil", escreveu Joe Biden, presidente eleito dos Estados Unidos, sobre dia de violência no país no momento em que o Congresso estadunidense formalizava sua posse. Na quarta, 6, um grupo de apoiadores de Donald Trump, candidato derrotado nas eleições de 2020, invadiu o Capitólio, em Washington.
Antes de conseguirem entrar no prédio do Congresso, os extremistas derrubaram barricadas de metal na parte inferior dos degraus do Capitólio e obrigaram a polícia a fechar o prédio. Alguns tentaram passar pelos policiais, que, por sua vez, foram vistos atirando spray de pimenta na multidão para mantê-la afastada. A prefeita de Washington, Muriel Bowser, ordenou um toque de recolher em toda a cidade na quarta-feira.
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AssineNas redes sociais, Biden afirmou que para preservar a democracia é preciso de pessoas de boa vontade, líderes com coragem para se levantar. "Que se dediquem não a perseguir o poder e os interesses pessoais a qualquer custo, mas ao bem comum", complementou.
Today is a reminder, a painful one, that democracy is fragile. To preserve it requires people of good will, leaders with the courage to stand up, who are devoted not to pursuit of power and personal interest at any cost, but to the common good.
— Joe Biden (@JoeBiden) January 7, 2021
Este foi o último comentário de Biden sobre o motim, mas o novo presidente havia feito outros. Em dado momento, afirmou que "nosso caminho é simples: é o caminho da democracia - da legalidade e do respeito - do respeito uns pelos outros e por nossa nação".
Our way is plain: It is the way of democracy — of lawfulness, and of respect — respect for each other, and for our nation.
— Joe Biden (@JoeBiden) January 6, 2021
Em outro tuíte, Biden chamou os invasores de "pequeno número de extremistas dedicados à ilegalidade" e disse que a ação é uma desordem e não dissidência. "Deve acabar. Agora", pediu.
Ainda na quarta, o vice-presidente americano, Mike Pence, que presidia a sessão, declarou em carta enviada aos legisladores que não pode interferir no processo, depois de ter sido pressionado por Trump.
Ele usou sua conta do Twitter para criticar os atos. "A violência e a destruição que estão ocorrendo no Capitólio dos EUA devem parar e isso deve parar agora. Todos os envolvidos devem respeitar os policiais e deixar o prédio imediatamente", disse Mike.
Na manhã desta quinta, 7, minutos depois de o Congresso dos EUA certificar a vitória de Joe Biden, Donald Trump disse que haverá uma transição ordenada no dia 20 de janeiro. O presidente estadunidense manteve sua posição de contestar o resultado da eleição.
O Twitter, Facebook e Instagram de Trump ficaram bloqueados por 12 horas. Ação aconteceu em resposta às cenas de violência. No Twitter, diversos posts do presidente aparecem excluídos por terem violado as regras da rede social.
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