Extremistas pró-Trump invadem Capitólio e Congresso dos EUA; prédios são fechados

Mais cedo, Donald Trump discursou aos apoiadores afirmando que não aceitaria o resultado eleitoral. Sessão que deve confirmar a vitória de Joe Biden como próximo presidente americano foi suspensa.

Um grupo de apoiadores extremistas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, invadiu nesta quarta-feira, 6, o Capitólio, sede do Congresso americano, em Washington. O momento aconteceu durante os debates na Câmara dos Representantes e no Senado dos Estados Unidos sobre a certificação da vitória de Joe Biden na eleição presidencial. As salas onde estão os congressistas estão fechadas.

Antes de conseguirem entrar no prédio do Congresso, os extremistas derrubaram barricadas de metal na parte inferior dos degraus do Capitólio e obrigaram a polícia a fechar o prédio. Alguns tentaram passar pelos policiais, que, por sua vez, foram vistos atirando spray de pimenta na multidão para mantê-los afastados. A prefeita de Washington, Muriel Bowser, ordenou um toque de recolher em toda a cidade nesta quarta-feira. 

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Dentro do Congresso, o democrata Dan Kildee afirmou que polícia sacou armas na direção de partidários do presidente que tentavam invadir a Câmara de Representantes dos EUA. "Responsáveis pela segurança da Câmara e da polícia do Capitólio sacaram suas armas enquanto manifestantes batiam na porta principal da Câmara", tuitou. Ele relatou que foi instruído a deitar no chão e colocar máscaras de gás. 

O vice-presidente americano, Mike Pence, que presidia a sessão, declarou em carta enviada aos legisladores que não pode interferir no processo, depois de ter sido pressionado por Trump. Ele usou sua conta do Twitter para criticar os atos.

"A violência e a destruição que estão ocorrendo no Capitólio dos EUA devem parar e isso deve parar agora. Todos os envolvidos devem respeitar os policiais e deixar o prédio imediatamente", disse Mike. 

Mais cedo, Trump participou de uma manifestação e criticou o que considera fraude na sua derrota eleitoral. No Capitólio, ocorria sessão para certificar a vitória do democrata Joe Biden na disputa pela Casa Branca, mas a sessão foi interrompida em meio aos protestos. O presidente afirmou que a luta para questionar o resultado eleitoral está só começando, apesar de sua candidatura já ter sofrido derrotas em todos os estados que deram a vitória a Biden.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi ao Twitter nesta tarde para pedir a seus partidários que se manifestem apenas de modo pacífico, em meio a confrontos diante do Congresso americano. "Por favor apoiem nossa Polícia do Capitólio e as Forças de Segurança. Eles estão de fato do lado do nosso país. Permaneçam pacíficos!", pediu o atual líder.

— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) January 6, 2021

I am asking for everyone at the U.S. Capitol to remain peaceful. No violence! Remember, WE are the Party of Law & Order – respect the Law and our great men and women in Blue. Thank you!

— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) January 6, 2021 ">

Logo após o início da sessão, os legisladores aliados de Trump questionaram a certificação dos votos do Arizona. Quando há uma objeção, os congressistas realizam um debate que pode durar até duas horas. Por isso, é esperado que a sessão se estenda até a noite.

Já o líder do Partido Republicano no Senado, Mitch McConnell, disse que as eleições de novembro de 2020 não foram "roubadas" e que não houve fraude disseminada no pleito.

Com a repercussão da invasão ao Congresso e o confronto com a polícia, Trump publicou nas redes sociais que apoiadores não deveriam confrontar autoridades. "Por favor, apoiem nossa polícia. Eles estão verdadeiramente do lado do nosso país", destacou. 

O filho do presidente, Donald Trump Jr, usou as redes sociais para pedir protestos "pacíficos". "Use seus direitos da 1ª Emenda, mas não comece a agir como o outro lado. Temos um país a salvar e isso não ajuda ninguém", escreveu. 

Biden também aproveitou as redes sociais para se opor aos atos acometidos pelos manifestantes. 

A porta-voz da Casa Branca, Kayleigh McEnany, por sua vez, reiterou o apelo de Trump para que os protestos sejam pacíficos. "Sob a orientação de presidente @realDonaldTrump, a Guarda Nacional está a caminho, juntamente com outros serviços federais de proteção", escreveu, também no Twitter.

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