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Eleições: Biden derrota Trump e se torna o próximo presidente dos EUA

O candidato democrata Biden conseguiu decidir a votação na reta final das apurações. A disputa com o republicano Trump foi acirrada e repleta de momentos calorosos

Na eleições presidenciais norte-americanas de 2020, o democrata Joe Biden conquistou o comando da Casa Branca após disputa acirrada com o republicano Donald Trump. Biden deve se tornar oficialmente o 46º presidente dos Estados Unidos (EUA) no dia 16 de janeiro de 2021. 

Muitos estados ainda estão em apuração, mas, até o momento, Biden conquistou a vitória em 23 estados e no Distrito de Columbia (onde está a capital, Washington), acumulando 273 votos no Colégio Eleitoral, mais que os 270 necessários para ser eleito presidente da República. Até o momento, Donald Trump tem 214 votos.

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Nos EUA, não existe um órgão central que declare o vencedor. Isso, geralmente, fica a cargo da imprensa, que declarou Biden vencedor após o democrata conseguir abrir larga vantagem sobre Trump no estado da Pensilvânia, que possui 20 eleitores no Colégio Eleitoral, e o fez saltar de 253 para 273 votos. 

Em outros estados que a imprensa ainda não declarou vencedor, como Carolina do Norte, Arizona, Nevada e Geórgia, Biden lidera os últimos três. Os três estados, respectivamente, têm 11, 6 e 16 votos, o que poderia levar Biden, se confirmada a vitória, a 306 votos no Colégio Eleitoral, que deve se reunir no dia 14 de dezembro para eleger o presidente. 

No confronto decidido voto a voto, o índice crescente de desaprovação do candidato a reeleição, por causa da crise sanitária da Covid-19 e o aumento do desemprego, foi decisivo para vitória de Biden.

A disputa com Trump foi acirrada e repleta de momentos calorosos. Na reta final da apuração dos votos, o republicano frisou publicamente que não aceitaria uma derrota nas urnas e que iria recorrer à Suprema Corte Americana. Enquanto isso, no mesmo dia, centenas de manifestantes pró Biden se reuniram em frente a Casa Branca para protestar contra Trump, com o lema: “Vote para ele sair”.

A contagem em estados decisivos, como Pensilvânia, Michigan e Wisconsin também foi alvo de ataques por parte do atual presidente americano. Trump acusa os democratas de fraude e possui amparo de uma série de governadores republicanos que ponderam uma recontagem dos votos. Ele afirma que sua vantagem “desapareceu magicamente”.

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Estado da Carolina do Norte interrompeu a contagem de votos na quarta-feira, 4, anunciando um retorno na próxima semana. A interrupção ocorreu diante de uma crescente de Biden que ficou a 1,2% de ultrapassar Trump no estado tradicionalmente republicano.

O partido Republicano estadual e da campanha de Trump chegou a pedir para que a Justiça garantisse que o condado de Cathan, na Geórgia, seguisse as regras de apuração de votos por correio. O juiz do estado americano, no entanto, rejeitou a ação na quinta.

ELEIÇÕES NOS EUA: O AVANÇO DE BIDEN

Com o fim da votação na terça-feira, 3, os estados americanos iniciaram a contagem de votos. Tradicionalmente, estados da centro do país e da costa leste representam uma base forte do partido republicano, com viés mais conservador. E com a aprovação de Trump despencando diante da insatisfação com sua condução do enfrentamento a pandemia, Biden passou a avançar nas pesquisas.


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Até o início da noite dessa quarta-feira, 4, Trump vencia nos estados tradicionalmente republicanos, enquanto Biden, que havia concentrado esforços da campanha em estados com mais histórico de indecisão dentre os partidos, começava a colher resultados. Com avanço inicial lento, Biden passou a frente de Trump, que aos poucos viu reduzindo a vantagem.

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Diante do cenário acirrado e com recordes de votação, os democratas, que historicamente adotam o voto antecipado pelos correios, continuaram avançando e assumiram a liderança em estados onde de início era apontado uma vitória de Trump. Como foi o caso de Pensilvânia, Wisconsin e Michigan, que renderam a Biden 10 e 16 votos, respectivamente, na corrida presidencial.

Com a suspensão da votação em Carolina do Norte, Trump apoiava a esperança de um avanço final com base no estado de Geórgia (16) e torcia para uma reviravolta no Arizona (11) e Nevada (06). Apesar das expectativas, críticas e acusações, o cenário virou a favor de Biden.

Até às 21h de quinta-feira, 5, a estimativa na Pensilvânia é de que os votos fossem contabilizados até sexta-feira, 6. Já na sexta-feira, 6, com 98% dos votos apurados, Biden virou e passou a liderar no estado com 49,47%. 

Na Carolina do Norte, os votos pelo correio, segundo o estado, somente serão contabilizados totalmente no dia 12 de novembro. No estado, que também é uma das peças centrais da disputa pela Casa Branca, Trump lidera com 50,1% e Biden aparece com 48,7%, com 98% da apuração concluída.

Com as apurações mais lentas, as votações na Geórgia e em Nevada, que estimou ter 84% da apuração concluída nesta sexta-feira, a pontuação colocava Biden na liderança com 49,8% contra 48% de Trump. O estado destacou que o atraso na votação se devia a grande quantidade de votos dos distritos de Clark e Washoe, os dois maiores e tradicionalmente democratas, o que aumentava o sentimento de vitória em Biden.

Sendo um dos estados decisivos, Geórgia continuou a contagem de votos nesta sexta-feira com acirramento entre a disputa Biden e Trump nos últimos lotes de votos. Após apuração de 99% das urnas, a diferença entre os candidatos é de 0,02%, com Biden da liderança (49,4%) e Trump colado a ele (49,3%).

Em meio a essa disputa, a decisão recaiu nos eleitores da Pensilvânia, o estado que representa 20 pontos na corrida eleitoral americana. Do início da apuração até o começo da manhã de quinta-feira, 5, Trump liderava no estado, porém, nos últimos lotes de votos, Biden conseguiu virar e por toda sexta-feira, 6, foi expandindo a vantagem. 

Com 99% da apuração concluída, Biden liderava no estado com 49,6%, seguido de Trump com 49,2%. A diferença quantitativa entre os dois era de pouco mais de 26 mil votos até às 23h45min. Mesmo com o cenário ainda em aberto nos outros estados, a vitória na Pensilvânia, garante a Biden mais 20 pontos pela Casa Branca, o que o torna o próximo presidente dos Estados Unidos, com 284, dos 270 pontos necessários para assumir a presidência dos EUA. 

O cenário assegura a vitória para Biden, pois, ainda que Trump consiga reverter a vantagem nos estados ainda em aberto e consiga acumular os pontos associados a Nevada (6), Arizona (11) e Geórgia (16), ele somaria apenas 247 pontos, não atingindo o mínimo necessário para se eleger e também não conseguiria superar os pontos obtidos por Biden.

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