Acusados de matar homem após discussão por garrafa de whisky são absolvidos pela Justiça

Acusados de matar homem após discussão por garrafa de whisky são absolvidos pela Justiça

Os réus também foram absolvidos do crime de porte ilegal de arma de fogo
Atualizado às Autor Jéssika Sisnando Tipo Notícia

O Conselho de Sentença decidiu pela absolvição de João Antônio da Silva Aguiar e José Wagner Silva Aguiar. Os dois respondiam pelo homicídio de Sérgio Abson Rodrigues Viana e pela tentativa de homicídio contra Felipe Silva de Araújo. O julgamento aconteceu na segunda-feira passada, 17. 

O crime ocorreu em novembro de 2024, durante a reinauguração de uma capotaria, no bairro Mondubim, em Fortaleza. A motivação foi uma confusão sobre o desaparecimento de uma garrafa de whisky. 

A decisão acatou as teses apresentadas pela defesa. Os jurados reconheceram a legítima defesa para o réu João Antônio e a negativa de autoria (reconhecimento de que o réu não foi o autor do crime) para José Wagner. 

O juiz julgou improcedente a pretensão punitiva do Estado, encerrando o caso que envolvia acusações de homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo.

Confusão durante festa de reinauguração de capotaria 

Segundo a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), o crime aconteceu durante uma festa de reinauguração da capotaria pertencente ao pai dos acusados. No evento, a comida era fornecida pela família, enquanto as bebidas eram vendidas por um bar vizinho.

A tensão teria começado por volta da meia-noite, quando a proprietária do bar notou o sumiço de uma garrafa de whisky e ameaçou encerrar o serviço. Felipe Silva de Araújo (a vítima sobrevivente), que estava na mesa com amigos, afirmou que pagaria o prejuízo.

Ainda segundo a acusação inicial, houve um desentendimento posterior sobre o pagamento do consumo. Durante a discussão, Sérgio Abson foi atingido por disparos de arma de fogo e morreu no local. Felipe foi ferido por uma faca e, ao tentar fugir, também foi atingido, mas sobreviveu.

Após o crime, João e José fugiram para um sítio em Caucaia, na Região Metropolitana, onde foram presos no dia seguinte (15 de novembro de 2024) com espingardas e munições.

Advogado aponta legítima defesa 

No julgamento, contudo, a narrativa de que as vítimas foram atacadas sem motivo caiu por terra. A defesa, liderada pelo advogado Taian Lima, apresentou provas de que o conflito se desenrolou de maneira diferente da denúncia inicial.

Segundo nota da defesa, ficou demonstrado que as vítimas teriam iniciado as agressões utilizando arma de fogo, o que levou à reação de João Antônio.

"As provas trazidas ao processo demonstraram de forma inequívoca que as vítimas iniciaram as agressões com arma de fogo, tendo o primeiro irmão se defendido totalmente amparado pela lei. Justiça foi feita", afirmou a defesa em nota.

Diante dos argumentos, o Tribunal do Júri inocentou ambos os réus de todas as acusações.

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