Polícia Civil resgata médico de cativeiro na Granja Lisboa
O médico foi libertado do cativeiro localizado no bairro Granja Lisboa. Dois suspeitos do crime foram presos. Nenhum valor chegou a ser transferido
Um médico de 38 anos foi mantido como refém por criminosos em Fortaleza, com o objetivo de obrigá-lo a fazer transferências por Pix a eles. Dois suspeitos do crime foram presos em flagrante e o médico foi libertado pela Polícia Civil do Ceará (PC-CE).
Conforme Auto de Prisão em Flagrante (APF), na terça-feira, 21, policiais da Delegacia Antissequestro (DAS) foram acionados para investigar o desaparecimento do profissional de saúde. De acordo com a PC-CE, ele foi abordado pelos criminosos enquanto trafegava no próprio carro pelo Centro de Fortaleza.
Com apoio do Departamento de Inteligência Policial (DIP) e do Departamento de Combate a Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), os policiais da DAS obtiveram indícios de que a vítima estava em um cativeiro localizado no bairro Granja Lisboa.
Na manhã de quarta-feira, 22, foi montada campana em frente à casa suspeita e, após desconfiarem de uma movimentação na residência, os agentes de segurança entraram no imóvel e localizaram a vítima trancada em um dos cômodos.
No local, foram presos Iuri Alves de Aguiar, de 19 anos, e Jefferson Araujo Silva, de 36 anos, que foram reconhecidos pela vítima como parte do grupo que praticou o crime. Outras duas pessoas foram abordadas nas proximidades do cativeiro, mas liberadas por não haver provas de que teriam participado da ação.
“Os policiais civis aduziram ainda que o veículo da vítima foi recuperado, e um simulacro de arma de fogo foi encontrado na cozinha da residência”, consta no APF.
“A PC-CE segue com as investigações, por meio da DAS”, afirmou, em nota, a corporação, que ainda ressaltou que nenhum valor financeiro chegou a ser transferido.
Iuri e Jefferson foram autuados pelos crimes de roubo qualificado mediante o uso de arma de fogo, extorsão mediante restrição de liberdade e associação criminosa. Ambos tiveram a prisão preventiva decretada em audiência de custódia realizada nesta quinta-feira, 23.
“A conduta investigada é de gravíssima natureza, consistente em sequestro de pessoa para fins criminosos, fato que causou grande repercussão social, em especial pelo fato de a vítima ser um profissional da saúde conhecido e pelo modus operandi empregado, o confinamento da vítima em cativeiro e a utilização de simulacro de arma de fogo”, afirmou na decisão o juiz Maurício Fernandes Gomes.
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