Mulher vítima de latrocínio morreu por asfixia; grupo invadiu outras mansões em Fortaleza

Duas pessoas foram presas na manhã desta sexta-feira, 12, suspeitas de envolvimento no crime e por integrar grupo criminoso que atuou no bairro Luciano Cavalcante

17:53 | Set. 12, 2025

Por: Mirla Nobre
Mulher foi vítima de latrocínio após ter casa invadida por grupo criminoso no bairro Luciano Cavalcante, em Fortaleza (foto: Reprodução/Leitor Via WhatsApp O POVO)

A vítima de latrocínio após a invasão de um grupo criminoso à “Casa do Papai Noel”, no bairro Luciano Cavalcante, em Fortaleza, no dia 7 de agosto, morreu por asfixia mecânica. A informação é da investigação do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil do Ceará (PC-CE).

Conforme o titular da 10ª Delegacia do DHPP, delegado Ícaro Gomes Coelho, a vítima sofreu obstrução das vias aéreas, causando a morte no local. Ela foi identificada como Tâmara Patrícia Rema Andrade, 63, e atuava como engenheira de pesca. Ela e o pai foram feitos de refém pelo grupo criminoso.

Na ação criminosa, a mulher teve as mãos e pés amarrados e foi amordaçada pelos suspeitos. A vítima foi encontrada morta dentro imóvel. O crime aconteceu durante a madrugada, quando cinco pessoas invadiram o local. Os suspeitos fugiram levando pertences do imóvel e um veículo, que foi recuperado horas após o crime.

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Na manhã desta sexta-feira, 12, duas pessoas foram presas suspeitas de envolvimento no latrocínio. Um homem, identificado como Filipe Santos da Silva, 19, foi preso em Amontada, a 168 quilômetros de Fortaleza. Uma mulher, identificada como Ana Karoline Conceição Barroso, 21, se apresentou à DHPP, após a prisão do comparsa.

A investigação revelou que ela era responsável por receber as transferências bancárias das vítimas durante os crimes. O titular da 10ª Delegacia do DHPP informou que, pelo menos, dois imóveis de alto padrão no bairro Luciano Cavalcante foram alvos do grupo criminoso em um mês. Os demais crimes aconteceram nos dias 5 e 16 de julho.

De acordo com o delegado Ícaro Coelho, o grupo atuava no mesmo modus operandi nos crimes premeditados. O grupo visava residências grandes, consideradas até mansões, de pessoas com alto poder aquisitivo, com o objetivo de subtrair grande quantidade de objetos de valor.

“Eles entravam nas casas de madrugada, passavam algum tempo ali dentro esperando o melhor momento, como uma pessoa acordar para beber água ou já mais perto ali de 5 da manhã, quando as pessoas estão acordando. Eles rendiam as pessoas e faziam o que eles chamam de limpa. Levam tudo, televisões, joias, celulares, relógios”, disse o delegado.

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Ainda nas ações criminosas, os suspeitos acessavam as contas bancárias das pessoas dependendo da dinâmica do crime no dia. A investigação revelou que os objetos subtraídos eram levados pelo grupo para um apartamento no bairro Edson Queiroz, onde parte dos suspeitos moravam.

Cinco suspeitos do grupo criminoso foram capturados

Com a prisão da dupla nesta sexta, subiu para cinco o número de suspeitos capturados por envolvimento no latrocínio e demais crimes na região. A Polícia Civil do Ceará (PC-CE) informou que outras duas capturas foram realizadas quatro dias após o latrocínio contra a mulher.

Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária contra dois homens de 21 anos de idade, no bairro de Fátima. Além disso, um adolescente de 16 anos também foi apreendido horas após o crime. Ele foi localizado no bairro Edson Queiroz suspeito de participação no latrocínio.

As últimas prisões foram conduzidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), por meio das 10ª, 6ª e 11ª Delegacias de Homicídios; do Núcleo Operacional/DHPP; e do Grupo de Investigação de Seguimento de Expediente (Gise).