Ex-namorado é condenado a 21 anos de prisão por morte de estudante no Centro de Fortaleza
Alef Maciel Lopes, conhecido como ‘Dj’, foi condenado em regime fechado, sem direito a recorrer em liberdade. A jovem foi morta com três tiros em abril de 2023
O réu Alef Maciel Lopes, conhecido como ‘Dj’, foi condenado a 21 anos de prisão por matar a estudante e ex-namorada Bárbara Hellen Costa de Almeida Bessa, de 25 anos, no Centro de Fortaleza, em abril de 2023.
O acusado foi condenado, nessa terça-feira, 8, pelo Tribunal do Júri, em regime fechado, sem direito a recorrer em liberdade. A sessão aconteceu por meio da 1ª Vara da Comarca de Fortaleza, no Fórum Clóvis Beviláqua, no bairro Edson Queiroz, em Fortaleza.
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A estudante foi morta com disparos de arma de fogo. O crime ocorreu na rua Senador Alencar próximo ao cruzamento com a avenida do Imperador. Na ação criminosa, Alef efetuou três disparos de arma de fogo contra a jovem. Os tiros atingiram, inclusive, a região da cabeça. Bárbara deixou três filhos menores de 18 anos, na época.
O réu foi condenado por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio. O júri acatou a tese do Ministério Público do Ceará (MPCE). Também foi julgado Daniel José Sousa de Lima por crime de favorecimento pessoal, mas foi absolvido. O MP recorreu da decisão.
O réu foi preso em janeiro do ano passado e acompanhou o processo detido. A partir da condenação, a Justiça Estadual manteve a prisão de Alef “para fins de execução provisória imediata da pena e, consequentemente, denego o direito de apelar em liberdade”.
Áudios revelaram que vítima tinha medo de ser morta pelo ex
Áudios das conversas obtidos pelo O POVO, na época, descreveram o temor da estudante Bárbara Bessa em relação ao ex-namorado. “Eu morro de medo de ele me matar porque não quero mais ele, mas eu não vou me prender a ele porque eu tenho medo de morrer não”. relatou.
Ainda nas conversas, a vítima ressaltou o medo de ser morta por ele. “A única coisa que e tenho medo é dele me matar, mais nada. Parece que eu saí foi do presídio. Eu tentei de tudo [...] Ele tem arma, não é só uma, ele tem é quatro, se ele quiser matar com quatro armas ele mata. E homem é inconsequente", relata.
Conforme testemunhas, a vítima manteve relacionamento de aproximadamente dois anos com Alef, no entanto, havia decidido pela separação. Ela estava cursando administração e procurava "mudar de vida", conforme o relato de testemunha ouvida pelo O POVO, na época do crime.