Cearenses são vice-campeões em olimpíada de lançamento de foguetes

Além de ganharem medalhas e kits, os alunos da rede pública do Ceará estão concorrendo a uma Bolsa de Iniciação Científica Júnior

Os alunos da Escola de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTI) São José dos Arpoadores, no bairro Cristo Redentor, em Fortaleza, venceram a premiação da Jornada de Foguetes. A competição acadêmica ocorreu na cidade de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, nessa quinta-feira, 8.

As duas equipes da escola foram vice-campeãs. No evento, os alunos e o professor ganharam kits para a montagem de foguetes de diversos níveis, medalhas e certificados.

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Segundo o professor Luan Ângelo, além dos prêmios, os alunos também estão concorrendo a uma Bolsa de Iniciação Científica Júnior no valor de R$ 300.

“A organização dá preferência a alunos de escolas públicas. Os alunos só precisam preencher o formulário, realizar as atividades propostas e participar das reuniões pelo Zoom com os monitores a cada 15 dias”, explica o professor.

Caso os alunos consigam a bolsa após avaliação da organização do evento, terão de enviar atividades quinzenalmente para continuar recebendo o benefício. “Apenas os alunos que cumprirem todas as etapas vão poder receber a bolsa.”

E para continuar recebendo o benefício durante os 12 meses os alunos deverão continuar enviando as atividades promovidas pela Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e da Mostra Brasileira de Foguetes (MobFog).

"Queremos quebrar o recorde nacional"

O estudante Pedro Lucas Moraes Quirino, 16, relata a sensação de ter ganhado a competição com a equipe. “Foi maravilhosa, nos impressionamos muito. Mas esperávamos um alcance maior (do foguete), achávamos que iria chegar acima de 200m”.

“Os kits que recebemos na premiação serão usados para aprendermos mais e melhorar nossos foguetes. Queremos quebrar o recorde nacional e bater 500m no próximo ano”, completa.

O jovem Francisco Mikael, 15, conta que a “sensação de ter participado da OBA é de felicidade”. “É a minha primeira vez participando no evento e eu só tenho a agradecer a Deus e a organização da OBA pela oportunidade concedida”, continua.

Emily Vital, também de 15 anos, conta que a participação na Olimpíada trouxe orgulho, felicidade e alívio. “Trabalhar duro e ver todo o esforço sendo reconhecido é algo que realmente me motivou a continuar buscando a excelência.”

A jovem afirma que se sentiu confiante: “Cada equipe demonstrou um comprometimento e uma dedicação, o que tornou a vitória ainda mais especial. O sucesso veio como resultado de muito trabalho em grupo”.

Oportunidade de ampliar os sonhos

Para José Samuel da Silva Vidal, 16, participar da Olimpíada e ter ganhado a competição junto com os colegas foi “muito gratificante”. “É um aprendizado muito bom e que a gente compartilha com os outros quando chegamos lá. Pretendo ter essa experiência no ano que vem, se Deus quiser.”

Calebe Silva, 15, diz que “foi uma experiência muito legal e emocionante porque eu não sabia que a minha equipe seria medalhista”.

Ainda segundo ele, era algo diferente dos testes. “Era algo mais sério, então tínhamos que ficar focados no objetivo do lançamento”, explica o aluno.

O professor Luan Ângelo conta a felicidade de ter chegado tão longe no pódio. “Estamos imensamente felizes e orgulhosos por termos duas equipes da escola como vice-campeãs da Jornada de Foguetes 2024”.

“A sensação de termos chegado tão longe e de proporcionar essa experiência enriquecedora aos nossos alunos é simplesmente incrível”, completa.

Segundo ele, os alunos atuarão como monitores compartilhando com os demais tudo que aprenderam. “O próximo passo é desenvolver foguetes a propelente sólido, utilizando os materiais dos kits que ganhamos, para que possamos participar do nível 5 da Jornada de Foguetes do próximo ano”.

A diretora da escola Antônia Maria também compartilhou a sensação de ver os alunos ganhando a competição. “A sensação é indescritível. Somente as pessoas que convivem diretamente com esses adolescentes e compreendem o contexto e a realidade que eles vivenciam podem entender como essa conquista é significativa para a oportunidade de eles ampliarem seus sonhos.”

“É um sonho meu sendo realizado neles. Os sonhos deles acabam sendo os nossos”, completa a diretora.

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