Edifício São Pedro: estruturas começam a ser demolidas

Recentes chuvas em Fortaleza não devem afetar o decorrer das obras de demolição do edifício, que devem ser concluídas em 90 dias

Após uma semana desde que foi iniciado o processo de demolição do Edifício São Pedro, na terça-feira, 5, os primeiros resultados dos trabalhos já podem ser vistos no local. Marquises da área frontal e lateral do primeiro andar do prédio já foram derrubadas e, agora, um guindaste auxilia o processo de desmontamento do icônico prédio na Praia de Iracema, em Fortaleza.

O POVO presenciou ainda o guindaste içando um trator para a laje do edifício.

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Segundo a Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinf), os serviços terão duração até 90 dias e seguem sem afetar a circulação do tráfego de pedestres e veículos nas ruas do entorno.

Na Praia de Iracema, o som de máquinas e funcionários trabalhando agora é claramente ouvido nos arredores do prédio deteriorado. Mesmo do lado de fora da barreira feita de tapumes, além de duas robustas máquinas escavadeiras e tendas de proteção, também é notável um monte de areia.

Poucos minutos na frente da intervenção são suficientes para se observar mais do material entrando no local, sendo transportado por caminhões.

Conforme detalhou a Seinf, Pasta a frente da demolição, a empresa terceirizada contratada pela Prefeitura para realizar a intervenção “montou um platô de areia para facilitar o acesso de maquinários aos andares mais baixos e também os escoramentos das estruturas metálicas”.

A retirada das marquises seria necessária para permitir a entrada do maquinário ao interior do edifício. Os próximos passos da intervenção, conforme apontou a Prefeitura, serão a demolição andar por andar.

Conforme o secretário de Infraestrutura do município, Samuel Dias, não há um cronograma específico de tempo para a demolição de cada pavimento. "Como foi dito, 90 dias é o tempo estimado, mas isso vai depender de como o procedimento de demolição for acontecer ao longo do tempo", disse.

"É uma estrutura da qual não se tem conhecimento completo, porque não existem projetos estruturais do prédio. Então a demolição vai ser feita paulatinamente, na medida que a gente tiver segurança para avançar e o serviço vai ganhar uma maior velocidade", pontuou o secretário.

O gestor da Seinf ressaltou que o procedimento de demolição começa nos andares superiores, em uma velocidade controlada. À medida em que avança para os andares inferiores, a execução do serviço tende a ganhar velocidade, uma vez que as condições de segurança melhoram progressivamente durante o processo de demolição do edifício.

Tendo em vista os seguidos dias de chuva na Capital, a equipe do O POVO questionou ainda sobre possíveis interferências no trabalho das equipes e se o prazo inicial para a conclusão das obras seria mantido. 

"Não há uma diferenciação específica em termos de tecnologia para demolição. A influência que o período de chuva traz é que, durante a chuva, o processo de demolição é interrompido", disse Samuel Dias.

"Por outro lado, a chuva ajuda na demolição. Com o material mais úmido, diminui a necessidade de aguação dos entulhos demolidos para evitar a propagação dessa poeira", concluiu o secretário. 

Durante a primeira semana de trabalho, também foi realizada a limpeza do lixo no local. Na ocasião, foram encontrados ratos e bastante lixo acumulado.

“Os serviços de limpeza do lixo e entulho continuam, bem como a retirada das esquadrilhas, como portas e janelas", declarou a Seinf. Foi ressaltado, ainda, que entulho proveniente das obras de demolição será levado para usina de reciclagem para ser reaproveitado.

Com relação à recomendação da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), não há nenhuma decisão contrária sobre a demolição. Desta forma, as obras seguem no local.

Na última sexta-feira, a Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) ingressou com mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) pedindo a suspensão da demolição do Edifício São Pedro.

A suspensão seria até o julgamento dos recursos impostos pelo Ministério Público do Estado (MPCE) em Ação Civil Pública (ACP) de 2018.

Sobre a possível paralisação, a Seinf comunicou que não há nenhuma decisão contrária sobre a demolição. Desta forma, as obras seguem no local.

 

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