Irmãos réus por latrocínio de empresário são condenados a 32 anos de prisão

Vítima era empresário paranaense, que foi morto em 8 de agosto de 2022, sob tortura com espancamento e pauladas dentro do banheiro da própria empresa

José Lucas Martins da Silva e Levi Martins da Silva foram condenados a 32 anos, três meses e 27 dias de prisão, cada um, pelo latrocínio (roubo seguido de morte) do empresário Anderson Luís Kowalski.

O paranaense foi morto vítima de espancamento dentro do banheiro da própria e empresa, localizada na Sabiaguaba, no dia 8 de agosto de 2022. A decisão pela condenação foi da 10ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza, e a sentença foi do dia 12 de julho deste ano.

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As testemunhas narram que, durante todo o espancamento, a vítima implorava para não ser morta, pois tinha uma filha pequena. Os agora condenados fugiram com o carro do empresário e, após furtar cartões e obter as senhas por meio de tortura, fizeram compras de eletrônicos e sapatos.

Empresário paranaense colecionava viagens
Empresário paranaense colecionava viagens Crédito: arquivo pessoal

Entre as alegações dos acusados estava a de que o empresário paranaense havia deixado de pagar salários dos funcionários e ameaçado um dos irmãos dos acusados, que teria sido morto posteriormente. A morte do irmão fez com que os réus passassem a desconfiar do empresário.

No mesmo dia, após o crime, os dois irmãos foram presos em flagrante com o veículo da vítima na avenida Washington Soares. O automóvel foi interceptado pela Polícia Militar, que deteve os dois e apreendeu todo o material. Já no imóvel, a vítima foi encontrada morta dentro do banheiro com sinais de tortura e espancamento.

Vítima era pai e colecionava viagens pelo mundo

Anderson atuava na produção de eventos em Fortaleza há mais de 10 anos. Ele tinha 46 anos de idade e gostava de viajar pelo mundo. As fotografias dele, na Internet, mostravam visitas à Índia e a estados como Goiás e Paraná, terra natal dele.  O empresário era apaixonado museus, obras de arte e música.  A família dele viajou para o Ceará  para o velório e, posteriormente, o corpo dele foi levado para Curitiba. 

À época do crime, O POVO conversou com familiares e amigos, que se mostravam estarrecidos com a violência sofrida por Anderson. Ele era pai, mostrava o cotidiano da filha desde bebê e, para as pessoas amigas, uma pessoa querida e amável, segundo relatos.

 

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Tribunal de Justiça do Ceará Morte de empresário julgamento latrocínio Ceará

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