Montese: Condomínio seguirá interditado, sem moradores, até avaliação de engenheiro

Condôminos deverão contratar engenheiro para emitir laudo que definirá riscos maiores para o imóvel e como será a recuperação do piso que afundou. A partir deste documento, Defesa Civil definirá retorno dos moradores

Após parte do piso do estacionamento de um condomínio no bairro Montese, em Fortaleza, desabar parcialmente, na noite dessa segunda-feira, 24, a Defesa Civil de Fortaleza interditou o imóvel e os moradores deverão desocupar o local temporariamente até a emissão de um laudo técnico sobre as causas do ocorrido.

Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), o desabamento do piso teve entre 1,20 e 1,50 metro de profundidade e a parte afetada fica sobre uma fossa. O reservatório não estava desativado. O sinistro causou o afundamento de dois carros, uma picape Fiat Toro e um Ford Escort, porém não houve feridos.

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No entanto, a área que cedeu fica apenas a dois metros de distância das colunas de sustentação do edifício e poderia representar um risco aos moradores, caso o desabamento continue.

Na manhã desta terça-feira, 25, agentes da Defesa Civil retornaram ao condomínio para realizar uma nova inspeção com melhor visibilidade e enfatizaram a saída dos moradores do local.

De acordo com Pinho Uchôa, gerente do Núcleo de Ações Emergenciais da Defesa Civil, a estrutura do condomínio em si não corre risco iminente, porém, a possibilidade do desabamento se estender coloca em risco a vida dos moradores.

“A estrutura do prédio apresenta pequenas manifestações patológicas que não são oriundas do solapamento (nome técnico do incidente). No entanto, o prédio ficará interditado por conta do solapamento, porque ainda existe risco de continuar o desabamento desse terreno onde está a fossa”, explicou.

O Auto de Interdição, exposto no muro externo do prédio, pontua que a volta dos moradores ao condomínio fica “condicionada à eliminação da situação de risco e também ao procedimento de Desinterdição de Imóvel, a ser protocolado junto à Secretaria Municipal da Segurança Cidadã - Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil”.

O condomínio, que existe há quase 40 anos, conta com três pavimentos e 13 apartamentos - todos ocupados até o episódio de segunda-feira. Os moradores deverão contratar um engenheiro que fará uma avaliação mais detalhada e irá elaborar um laudo, apontando se há riscos e de que forma a recuperação da área deverá ser feita.

“[O condomínio] permanecerá interditado até o engenheiro que os condôminos vão contratar fazer uma avaliação e emitir um laudo sobre a situação, para poder fazer a recuperação e dar exatamente as informações necessárias para que a gente possa tomar providências quanto à interdição ou não do prédio”, afirmou.

Ainda segundo o gerente, os prejuízos e os reparos do espaço ficam sob responsabilidade dos condôminos. Na manhã desta terça, não foi informado aonde os moradores buscaram abrigo provisoriamente.

A Defesa Civil também apontou que não constatou a existência de inspeção predial anterior e que a informação será repassada para a Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis), responsável pelas providências necessárias.

Pinho Uchôa orienta a população a avaliar a estrutura das fossas e cisternas de condomínios, além de evitar o sobrepeso no espaço.

“Quando a população for providenciar uma fossa, ela tem que saber, e o engenheiro que está com ela tem que, obviamente, informar, que aquela estrutura não foi feita para colocar veículos em cima, para suportar sobrecargas. Se a estrutura tiver sido feita apenas para a atuação da cisterna ou da fossa, então essa estrutura, possivelmente, não tem as condicionantes para suportar o sobrepeso dos veículos”, recomendou.

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