Chacina do Curió: mães de vítimas fazem ato enquanto aguardam fim da votação do júri

Familiares dos réus também se reuniram em oração nesta manhã

Mães, familiares e amigos de vítimas da Chacina do Curió, ocorrida há oito anos na Grande Messejana, em Fortaleza, fazem um ato na frente do Fórum Clóvis Beviláqua na manhã deste sábado, 24. Dentro do Fórum, os jurados votam secretamente pela condenação ou absolvição dos réus julgados pelo crime.

Chacina do Curió: acompanhe o que aconteceu em quatro dias de júri

De mãos dadas, em círculo, os familiares pediram pelo fim da violência policial e por justiça pelo Curió. Todos os nomes das vítimas foram falados. Por fim, o grupo fez uma oração.

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Do outro lado do pátio que fica em frente à entrada do Fórum, familiares de um dos réus também se reuniram para rezar pela absolvição.

A sessão foi retomada neste sábado às 10h. Depois do colegiado de juízes decidir sobre as modificações solicitadas pela defesa nos quesitos, todos saíram do salão. Às 10h35, somente os juízes, servidores, jurados, acusação e defesa continuaram no recinto para dar início à votação.

De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), a votação dos jurados pode levar horas. Todos os sete que compõem o júri devem responder os quesitos com "sim" ou "não" de forma secreta. São 360 quesitos a serem respondidos.

“São tantos porque é preciso delinear a autoria e a materialidade do crime. São muitos fatos a serem indagados. Então, cada fato desse vai ser relacionado a perguntas. Esses quesitos são perguntas feitas aos jurados, cujas respostas vão indicar se houve o crime, se foi o réu. Todas as perguntas são para que se tenha uma relação ou não dos réus com o crime”, explicou Elizabete Chagas, defensora pública geral.

Relembre as etapas do primeiro julgamento do Caso Curió

No primeiro dia de julgamento, na terça-feira, 20, os jurados foram sorteados e as primeiras testemunhas foram ouvidas. Ao todo, 19 pessoas fizeram depoimentos, incluindo vítimas sobreviventes, testemunhas de acusação e defesa. A oitiva continuou durante todo o segundo dia de julgamento, na quarta-feira, 21.

A quinta-feira, 22, foi marcada pelo depoimento dos quatro réus: Marcus Vinícius Sousa da Costa, António José de Abreu Vidal Filho, Wellington Veras Chagas e Ideraldo Amâncio.

Os policiais militares acusados negaram envolvimento na chacina e questionaram provas apresentadas no processo pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), que atuou como acusação.

No quarto dia de júri, nessa sexta-feira, 23, a defesa e acusação debateram, apontando provas, trechos de depoimentos e do processo para os jurados. Às 20h20, a sessão foi suspensa e voltou a ocorrer a partir das 10h deste sábado.

Com informações de Jéssika Sisnando

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