Suspeito de participar de chacina no Lagamar é preso em shopping de Fortaleza

Com a prisão de Paulo Victor Carneiro de Morais, agora são dois os presos pelo crime, que deixou quatro mortos em 18 de fevereiro de 2022

Foi preso na noite dessa quinta-feira, 23, um homem acusado de participação na chacina que deixou quatro mortos na comunidade do Lagamar, no bairro São João do Tauape, em 18 de fevereiro de 2022. Paulo Victor Carneiro de Morais, conhecido como Vitim, de 36 anos, foi preso por policiais civis do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no shopping Iguatemi, localizado no bairro Edson Queiroz. Contra ele, havia um mandado de prisão preventiva em aberto.

Com isso, agora, são dois os presos pelo crime — ao todo, seis homens são réus pela chacina. Em 29 de janeiro, Denilson Martins Gadelha, conhecido como Ratinho, de 21 anos, havia sido preso em flagrante portando uma arma de fogo no bairro Papicu.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) afirmou que, “com base nos levantamentos investigativos”, Paulo Victor “exercia papel importante dentro de uma organização criminosa, com atuação no Lagamar”.

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Além de Denison e Paulo Victor são acusados de envolvimento na chacina: Claudeonor da Silva Nascimento, conhecido como Cara de Cavalo, de 30 anos; Ítalo Hugo da Silva Cury, conhecido como Itinho, de 28 anos; e Rafael Barros dos Reis, conhecido como Tuché, de 39 anos; e José Paulo Carneiro de Moraes, conhecido como Preto, de 38 anos. Este último é apontado como o mandante da ação.

Conforme o Ministério Público Estadual (MPCE), os réus são integrantes da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE). A investigação da 7ª Delegacia do DHPP apontou que uma ruptura dentro da facção GDE motivou a chacina. As vítimas seriam ligadas a Bruno Felipe Nunes Pereira, conhecido como Boladão ou Playboy, que, ao lado de Preto, dominaria o tráfico de drogas no Lagamar.

Bruno Felipe, porém, teria decidido aliar-se à facção carioca Terceiro Comando Puro (TCP) sem a anuência da cúpula da GDE. O “estopim” para o crime, conforme a denúncia MPCE, foi uma viagem feita por uma das vítimas da chacina — Yuri da Silva Souza, conhecido como Testa — ao Rio de Janeiro, onde ele encontraria Bruno Felipe. "A atitude foi interpretada como de 'leva e traz' pelos membros da GDE", consta na denúncia, assinada pelo promotor Ythalo Frota Loureiro.

Além de Yuri, foram mortos na chacina: Cauê Silva da Paz, Eduardo Beserra do Nascimento, conhecido como Dudu, e Airton da Silva Delfino, conhecido como Boca.

 

 

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