Quatro suspeitos de matar filho de desembargadora são denunciados

Homens também são acusados de integrar a facção Comando Vermelho. Crime ocorreu no último dia 12 de dezembro, na Comunidade da Boba, no Bairro de Fátima.

O Ministério Público Estadual (MPCE) denunciou, nessa quinta-feira, 18, quatro homens suspeitos de participação no assassinato de Antônio Thiago Andrade de Alencar Magalhães, de 39 anos, filho da desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado (TJCE) Ligia Andrade de Alencar Magalhães. O crime foi registrado no último dia 12 de dezembro, na Comunidade da Boba, no Bairro de Fátima.

São acusados pelo crime: Valdemir do Rego Silva, conhecido como Mimi, de 38 anos; Francisco Charles da Silva Sales, conhecido como Sá, de 25 anos; Daniel Gomes da Silva, conhecido como DG, de 23 anos; e Francisco Adailton de Oliveira Lima, conhecido como Formiga, de 23 anos. Os três primeiros haviam sido presos quatro dias após o crime, na manhã do dia 16, enquanto Francisco Adailton foi preso no dia 26 de dezembro.

Embasam a acusação, entre outros, denúncias anônimas e depoimento de testemunhas. Conforme a denúncia do MPCE, Valdemir havia “decretado” a morte de Antônio Thiago, por causa de uma dívida de cerca de R$ 1.000 que este teria. A investigação policial apontou Valdemir como chefe da facção criminosa Comando Vermelho (CV) na Comunidade da Boba, responsável, inclusive, pela expulsão de moradores da região.

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No dia do crime, a vítima teria ido até a comunidade quando foi abordado por Francisco Charles, Daniel e Francisco Adailton. Antônio Thiago foi conduzido até a Via Férrea, onde foi morto com sete tiros, sendo seis na cabeça. A denúncia levanta a hipótese, ainda por ser aprofundada na fase processual, de que Daniel tenha atraído a vítima para a comunidade.

Em depoimento a qual O POVO teve acesso, Francisco Adailton negou envolvimento no assassinato, assim como disse não integrar o CV. Ele, inclusive, afirmou que não esteve no bairro no dia do crime, tendo trabalhado e dormido no bairro São Cristóvão.

Os acusados foram denunciados por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa) e integrar organização criminosa. Além do recebimento da denúncia, o MPCE pediu à Justiça a autorização judicial para perícia e quebra do sigilo telemático dos celulares apreendidos com os suspeitos e a conversão da prisão temporária dele para preventiva.

Os pedidos ainda estão por ser apreciados pela 2ª Vara do Júri. O POVO não localizou a defesa dos acusados na tarde desta quinta-feira, 19.

 

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Segurança Pública Ceará Homicídio Bairro de Fátima

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