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Saiba por que "morros" de areia estão sendo formados na Praia de Iracema

Presença de máquinas que fazem os montinhos de areia devem ser menos frequentes após finalização da obra do mini-espigão. Seinf dá março como prazo final

Frequentadores da Praia de Iracema, em Fortaleza, já devem ter percebido a formação de “morros” de areia, próximo ao espigão da avenida Rui Barbosa, e até escalam os montinhos para tirar fotos e ver o pôr do sol. O que alguns banhistas podem não saber é que o acúmulo de areia naquele local é necessário, segundo a Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinf), como parte da manutenção das galerias pluviais instaladas ao lado do espigão.

De acordo com o secretário da pasta, Samuel Dias, a utilização do morro por parte dos banhistas era algo que não era esperado. “Essa atividade não tem causado nenhum transtorno para quem usa o local”, afirma.

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A galeria pluvial, construída para levar a água das chuvas até o mar e evitar alagamentos na avenida Beira Mar, fica localizada ao lado do espigão da Rui Barbosa. Neste local, devido à presença do espigão que “barra” o fluxo natural da areia, é comum o acúmulo de sedimentos.

No entanto, para que a areia não impeça que a água da chuva chegue até o oceano, é preciso que ela seja retirada regularmente.

“Todo esse tipo de obra de galeria que desaba no mar precisa de manutenção. O mar sempre tem tendência de deposição de sedimentos na saída da drenagem”, explica Samuel.

Para isso, máquinas retiram a areia da saída da galeria e a levam aos montinhos do outro lado do espigão. Depois desse trabalho, outras máquinas atuam espalhando a areia pela costa da praia.

Samuel defende a importância da construção do “mini-espigão” ao lado do equipamento maior para que as manutenções não precisem ser tão recorrentes. A extensão menor tem 25 metros e deve servir como uma forma de diminuir a concentração de areia na abertura da galeria.

As obras, iniciadas em outubro de 2021, tinham previsão de três meses para serem finalizadas. A nova data, segundo o secretário Municipal da Infraestrutura, depende do período chuvoso e pode ser finalizada até março.

O professor Davis de Paula, do Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Estadual do Ceará, explica que o mini-espigão funciona como um “guia-corrente” para deixar livre o caminho das águas pluviais. “Como o guia-corrente é muito recente, precisa aguardar um pouco para ver como será a resposta no período sem chuvas.”

Segundo ele, a tendência do período mais seco é a concentração de mais areia no local, porque não tem a força das águas da chuva para abrir caminho entre os sedimentos.

O especialista em Gestão e Impactos Costeiros afirma ainda que é possível que o nível de areia que tem no local seja maior devido às obras de aterramento da praia. Já Samuel Dias afirma que não há como comparar, pois antes das últimas obras de drenagem da praia aquela galeria não existia.

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