MP oferece denúncia e pede condenação de cinco homens por latrocínio em shopping

Diferente do indiciamento da Polícia Civil, no qual somente dois homens devem responder pelo crime, o Ministério Público denunciou os cinco homens pelo latrocínio

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) ofereceu denúncia ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) nesta quinta-feira, 2, com o pedido de condenação dos cinco homens pelo latrocínio de uma vendedora, alvejada por disparo de arma de foto, na joalheria Tânia Joias, no shopping Iguatemi, no dia 20 de agosto. De acordo com o documento assinado pelo promotor de Justiça Paulo Henrique de Holanda Sousa Matos, da 26ª Promotoria de Justiça Criminal de Fortaleza, embora os tiros tenham sido dados por somente um deles, os outros também devem ser responsabilizados “diante da previsibilidade do resultado letal, pela consciência de se empregar arma de fogo” no crime.

O TJCE confirmou que recebeu o pedido e que o caso deve ser analisado por um juiz. A denúncia do MPCE é diferente da denúncia da Polícia Civil. O Ministério Público pede a condenação dos cinco participantes no crime: Lúcio Mauro Rodrigues Ferreira, André Luiz dos Santos Nogueira, Antônio Duarte Araújo Eneas, Douglas da Silva Dias e Antônio Jardeson Lima de Moura. Eles foram denunciados pelos crimes de latrocínio e associação criminosa.

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Já o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), quando da conclusão do inquérito policial conduzido pelo departamento, indiciou os dois suspeitos que entraram na loja e anunciaram o assalto (Douglas da Silva Dias e Antônio Jardeson Lima de Moura) por latrocínio. Os demais (Lúcio Mauro Rodrigues Ferreira, André Luiz dos Santos Nogueira e Antônio Duarte Araújo Eneas), que também teriam colaborado para a consumação do crime, receberam imputação de roubo e associação criminosa.

No documento encaminhado ao Judiciário, a delegada responsável pelo inquérito, Mariana Paes Diógenes, afirma que o assalto foi planejado por Lúcio Mauro Rodrigues, que teria ordenado ações de natureza operacional aos seus comparsas antes, durante e depois do crime.

Ainda de acordo com o MPCE, os tiros partiram de um dos suspeitos, o Douglas da Silva Dias. “O segurança (...) se encontrava nos fundos da loja, percebeu, imediatamente, a ação criminosa, sacou sua arma de fogo e iniciou uma troca de tiros com Douglas da Silva Dias. Com a reação do segurança, Douglas (...) agarrou a gerente do estabelecimento comercial, Caroline Alves da Rocha Damasceno, e utilizou-a como escudo humano. Um dos tiros efetuados por Douglas (...) atravessou a região dorsal lateral esquerda (...), saiu pela região peitoral esquerda” e causou a morte dela, informa a denúncia.

Ainda no inquérito policial, restava a dúvida sobre a origem do disparo que lesionou fatalmente a vendedora, uma vez que na ação houve troca de tiros entre o assaltante e o segurança. No documento policial, o laudo pericial era aguardado para a conclusão desse ponto.

O POVO entrou em contato, por meio da assessoria de imprensa, com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), questionando sobre prazos para emissão do laudo e também sobre os pontos divergentes entre o inquérito policial e a denúncia do MPCE. Não houve respostas respostas até a publicação desta matéria. 

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