Conjunto habitacional em Fortaleza onde viviam 300 famílias é desocupado pela Prefeitura

O equipamento é da Caixa Econômica Federal e foi ocupado por pessoas que não tinham boas condições de moradia, principalmente aquelas cujas casas foram alagadas quando o Rio Maranguapinho transbordou

A prefeitura de Fortaleza desocupou, na tarde desta quinta-feira, 13, o Conjunto Habitacional Maria Alves Carioca, localizado no bairro Granja Lisboa, onde cerca de 300 famílias viviam de forma irregular. Os moradores, que se encontram em situação de vulnerabilidade, saíram dos imóveis com a promessa de serem cadastrados pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Habitacional (Habitafor) em programas de assistência pública, como o do Aluguel Social. 

Quem esteve acompanhando o processo de desocupação foi a vereadora e presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Fortaleza, Larissa Gaspar (PT). Para O POVO, a petista explicou que o equipamento é da Caixa Econômica Federal e foi ocupado por pessoas que não tinham boas condições de moradia, principalmente aquelas cujas casas foram alagadas quando o Rio Maranguapinho transbordou.

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Em reunião com a Habitafor nesta manhã, onde estiveram presentes também representantes de movimentos sociais e escritórios de assessoria jurídica popular, a vereadora e demais participantes acordaram com a Prefeitura de que os moradores seriam retirados do conjunto de forma pacífica, sendo cadastrados em benefícios municipais, estaduais e federais- que devem garantir amparo as famílias.

Larissa afirmou que a desocupação estava sendo pacífica e que ocupantes retomariam para as residências onde viviam ou se abrigariam na casa de parentes - pois o empreendimento da Caixa já está prestes a receber os moradores de destino. "Agora é acompanhar para saber se eles (ocupantes) realmente serão assistidos e terão os benefícios que foram garantidos", destacou a petista.

Grande parte das famílias, 192 moradores, ocupavam o pátio do equipamento. Em registros feitos pela vereadora, é possível observar que houve uma aglomeração no momento do cadastramento. Segundo Larissa, policiais estiveram no espaço para dar orientações de segurança sanitária mediante pandemia, realizando ações como a organização de filas- mas ainda assim houve aglomerados.

Em nota, a Polícia Militar disse que teve que agir de forma pacífica, por volta das 6 horas de hoje, para retirar moradores que avançaram e ocuparam novamente alguns imóveis do Conjunto Habitacional. O órgão disse que o processo foi realizado por meio de conversas, com acompanhamento da saída deles. Equipes da PM permanecem no local para evitar a ocorrência de novas invasões.

A Secretaria Municipal do Desenvolvimento Habitacional (Habitafor), também em nota, garantiu que todas as famílias foram identificadas e passarão por análise situacional para possíveis encaminhamentos de assistência de políticas habitacionais. A pasta ressaltou que o local foi desocupado de forma ordeira e pacífica.

O POVO tentou entrar em contato com moradores, mas até o fechamento desta matéria não conseguiu contatar famílias.

Confira imagens da desocupação:


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