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Chacina de Itapajé: testemunha afirma que havia acordo para não ter "derramamento de sangue" entre as facções

Os presos que não pertenciam às facções teriam pedido um acordo, que a testemunha descreve como "voto de confiança"

Em depoimento à Justiça, uma das testemunhas da chacina que aconteceu na cadeia pública de Itapajé afirma que existia um acordo para que não não houvesse "derramamento de sangue" na unidade. A chacina vitimou 10 detentos e aconteceu no dia 29 de janeiro de 2018.

No depoimento, a testemunha afirma que as celas de números 4 e 5 eram do Comando Vermelho (CV) e que os presos que não pertenciam às facções (denominados de "massa") ficavam próximos da facção Guardiões do Estado (GDE). Os presos que pertenciam à "massa" teriam pedido um acordo, que a testemunha descreve como "voto de confiança".

O acordo foi feito três dias antes da chacina. Os detentos foram orientados a se desfazer de facas e armas artesanais, pois foram avisados que os integrantes da facção rival haviam se livrado dos materiais perfurantes. Dentro da unidade prisional, entretanto, haviam detentos que queriam a predominância de uma só facção e não aceitavam a existência de integrantes rivais na mesma unidade prisional. A testemunha afirmou que os detentos mortos estavam no banho de sol e foram pegos em emboscada. 

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Acusados serão levados a júri popular 

Os acusados de serem responsáveis pela chacina na cidade de Itapajé, no Ceará, serão levados a júri popular. Juliana Porto Sales, juíza da 1ª Vara da Comarca de Itapajé, decidiu nesta terça-feira, 20, que existem provas suficientes para prosseguir com a acusação contra os réus.

Artur Vaz Ferreira (Sayamen), Francisco das Chagas de Sousa (Chicó), Antonio Jonatan de Sousa Rodrigues (Zé Tronco), Willian Alves do Nascimento (Batata), Francisco Idson Lima de Sales (Idson), Alex Pinto de Oliveira Rodrigues e Murilo Borges de Araújo são réus no caso e eram integrantes ou aliados de organização criminosa, segundo denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE).

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